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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Apesar das vendas em baixa, comércio não vai dispensar todos temporários

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19/01/2015 10h59

Apesar do fraco desempenho do comércio de Campo Grande no final do ano passado, divulgado pelos empresários, o Sindicato dos Empregados no Comércio da Capital, SECCG, não acredita na demissão da maioria dos empregados temporários que foram contratados pelo setor. “É que o comércio está atravessando uma fase delicada de falta de mão de obra, devido ao pouco estímulo financeiro dado pelos empresários e também devido ao trabalho aos domingos e feriados”, afirma Idelmar da Mota Lima, presidente do sindicato laboral.

Campo Grande possui hoje em torno de 40 mil trabalhadores no comércio (lojas e supermercados) e para apoiar as vendas de Natal e Ano Novo, teriam sido contratados pouco mais de 3 mil funcionários temporários, bem abaixo dos 4 mil necessários para o setor e que não foram conseguidos devido aos poucos atrativos para se ingressar no setor.

“Principalmente no mês de dezembro, pudemos constatar as inúmeras ofertas de emprego no comércio, principalmente pelos supermercados, sem que o mercado suprisse essa necessidade”, informou Idelmar. Para ele, jovens e adultos estão evitando entrar nesse setor devido à dificuldade que têm para estudar, pois trabalham até à noite e também devido aos trabalhos aos domingos e feriados.

As pessoas reclamam também da dificuldade de relacionamento familiar, quando precisam trabalhar aos sábados, domingos e feriados. “As pessoas não tem tempo para se relacionar em família e isso inibe o trabalho no setor”, afirma o sindicalista que defende a proposta nacional de redução de jornada de trabalho para 40 horas semanais.

Idelmar, que preside a Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – Fetracom/MS, e a central Força Sindical Regional MS, disse que além da questão de tempo de trabalho, de segunda a segunda, o setor não atrai novos funcionários devido aos baixos salários que oferecem. Ele lembra que os pisos salariais não podem ser encarados como “tetos” e que os empresários deveriam repensar sobre os salários e pagar melhor, “dividir o lucro com aqueles que realmente são os responsáveis pelo grande faturamento do setor, que são os empregados”, afirmou.

Enquanto isso, o Sindicato dos Comerciários de Campo Grande – SECCG recomenda que as empresas façam um rodízio de funcionários para trabalhar nos finais de semana, de forma que todos sejam beneficiados com dois ou mais finais de semana para passar com a família. Se não tomar essa e outras medidas, vai continuar sofrendo com a falta de mão de obra como acontece mesmo nesse início de ano.

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