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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Após dois dias de marcha, movimentos sociais chegam a Capital

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03/05/2015 12h24 – Atualizado em 03/05/2015 12h24

Da redação

A Marcha da Classe Trabalhadora do Campo e da Cidade, conduzida pelos movimentos sociais e sindicais de Mato Grosso do Sul, chegou a capital do Estado, Campo Grande, na manhã deste domingo (3). São cerca de mil marchantes que estão na atividade desde o dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, caminhando na BR 163, vindo das proximidades do distrito de Anhanduí.

De acordo com Jonas Carlos da Conceição, da direção do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de MS (MST/MS), a Marcha faz parte de uma Jornada de Lutas nacional e em Mato Grosso do Sul foca em questões como os cinco anos sem Reforma Agrária. “Ao nos mobilizarmos nos tornamos mais fortes, neste domingo foram 10 quilômetros de caminhada, reforçando as nossas pautas, uma delas a Reforma Agrária, que em MS está paralisada há mais de cinco anos. Nossa luta é por uma reestruturação no INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), para que órgão saia do sucateamento e tenha condições reais de trabalhar”, afirma.

Para o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT/MS), Genilson Duarte, a união do campo e da cidade fortalece a luta contra questões como o Projeto de Lei 4330, da regulamentação da terceirização, que é uma das pautas da Marcha. “Unidos somos mais fortes sempre e dessa maneira, no país todo, nós conseguimos pressionar, por exemplo, o Congresso Nacional conservador e reacionário que está a todo momento tentando nos tirar direitos, como no caso da PL 4330, que precariza o trabalhado no país e permite que todos os setores tenham tercerizados, que ganham 25% a menos e trabalham de 3 a 4 anos a mais”, disse.

Já para Anastácio Peralta, liderança do movimento indígena Guarani-Kaiowá, que está presente desde o início da Marcha, os índios estão presentes reivindicando a retomada de seus território e o fim da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 2015. “Queremos mais agilidade na retomada de nossos territórios e também o fim da PEC que atribui competência exclusiva ao Congresso Nacional no que diz respeito à demarcação de terras indígenas, quilombolas e unidades de conservação. Com o Congresso conservador, composto por latifundiários e reacionários nossas conquistas vão paralisar de vez. Só a Câmara Federal tem 120 deputados federais ligados ao agronegócio e a produção de monocultura”, afirma.

As pautas centrais de reivindicação da Marcha são a Reforma Agrária Popular, a Demarcação de Terras Indígenas, contra a PEC 215, a PL 4330 e a redução da maioridade penal. Após os desmandos do Governo do PSDB, de Beto Richa, os marchantes de MS também aderiram a solidariedade aos professores do Paraná que foram espancados ao tentar acompanhar votação referente aos seus direitos na Assembleia Legislativa do estado.

Nesse momento os marchantes se encontram na entrada de Campo Grande acampados, na parte da tarde, como nos outros dias haverá debate de formação sobre as pautas da Marcha, para que todos saibam o porque da Jornada. Na terça-feira (5), ás 9h, na área central, irá acontecer um grande ato de encerramento das atividades, na praça central Ary Coelho.

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