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sexta-feira, 29 de março de 2024

Com 95 propriedades rurais ocupadas, evento debate conflito no campo

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27/08/2015 15h43 – Atualizado em 27/08/2015 15h43

Da redação

Com 95 propriedades rurais ocupadas por indígenas, Mato Grosso do Sul é atualmente o foco nacional dos conflitos fundiários. Com o objetivo de debater os impactos do atual cenário de insegurança jurídica no campo, a Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS realiza, nesta sexta-feira (28), uma reunião com lideranças rurais e políticas, a partir das 10h, na sede da instituição, em Campo Grande.

Em menos de dois meses, o quadro se invasões no Estado aumentou consideravelmente, saindo de 88 para o atual patamar de 95 propriedades. Na última quarta-feira, o presidente da Famasul, Mauricio Saito, se reuniu com o presidente da Funai – Fundação Nacional do Índio, João Pedro Gonçalves da Costa, no Ministério da Justiça. A audiência no Ministério foi agendada pelo deputado estadual João Grandão e previa a participação do parlamentar e de lideranças indígenas que não compareceram ao encontro. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, teve uma agenda no Planalto e também não esteve presente.

A reunião na Famasul contará com a presença de representantes do Governo do Estado e parlamentares sul-mato-grossenses e tem o objetivo colocar em pauta o cenário das invasões a propriedades privadas por indígenas, intensificadas no Sul do Estado. “Vamos dividir responsabilidades, traçar ações e compartilhar nossa angústia diante da injustiça sofrida pelos produtores rurais neste que é um momento extremamente difícil para o homem do campo no Estado”, afirmou Saito.

Outra preocupação da Famasul se fundamenta na posição geográfica da região que é maior foco de tensão devido às invasões nesse momento. “Hoje temos uma situação de descontrole em uma região de fronteira seca com o Paraguai. O que está em risco nesse caso não é só o direito de propriedade mas a soberania do País”, alerta Maurício Saito.

Desde o último fim de semana, grupo de índios guarani kaiowá invadiu cinco fazendas de Antônio João, e desde então a situação é complicada na região. Para o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), a situação já era prevista e o local era considerado uma “bomba relógio”.

Há 10 anos, em 2005, o Governo Federal homologou parte das propriedades rurais da cidade como terra indígena. A partir daí, houve série de cobranças por parte dos índios para que a área fosse demarcada, no entanto, nada foi feito pelo Governo Federal.

Policiais do DOF permanecem em Antônio João para evitar conflitoFoto: DOF

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