25/09/2014 09h57 – Atualizado em 25/09/2014 09h57
Local onde ocorreu um crime brutal contra uma menina de 7 anos, nos anos 30, é ponto de visitação em Campo Grande, onde se pode ver vários itens deixados por aqueles que acreditam em milagres atribuídos à vítima.
O oratório fica a uma quadra da rodoviária da capital, na Rua Joaquim Nabuco, entre a Dom Aquino e Marechal Rondon, onde o corpo da criança foi encontrado em adiantado estado de putrefação.
Segundo a polícia, o acusado seria amigo dos pais de “Carminha” que dá nome à pequena capela. A criança é considerada ‘santa’, mas sem registro na Igreja.
O crime que abalou a família de imigrantes italianos despertou a ira da população que capturou o suspeito do estupro e morte. Ele foi linchado, amarrado a cavalos que galoparam em lados opostos e o corpo foi dilacerado.
Na capital, o Midiamax entrevistou devotos de Carminha, a quem atribuem milagres de cura, inclusive de pessoas que precisavam de muletas para andar e ficaram curadas.
Um dos casos mais notórios de devoção foi o da Dona Florência, que fazia a limpeza do santuário, voluntariamente, pelo menos duas vezes por semana. A causa de tanta dedicação foi um milagre concedido pela santa que permitiu que Florência voltasse a caminhar, após ter enfrentado paralisia nas pernas, durante a juventude.
O escritor Américo Calheiros narrou o caso policial no livro “Memória de Jornal”, que causou comoção pública jamais vista em Campo Grande.