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sexta-feira, 29 de março de 2024

Crise política do país ganha forte repercussão na AL

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28/03/2015 08h37 – Atualizado em 28/03/2015 08h37

Willams Araújo

A crise institucional do País, agravada ainda mais com o confronto entre o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto nos últimos dias, além de mudar o cenário político brasileiro, repercute nos estados, trazendo um clima de inquietação em todos os segmentos da sociedade e, por extensão com forte reflexo nas Assembleias Legislativas.

Para as lideranças políticas, a relação entre PMDB e o governo da presidente Dilma Rousseff atinge um momento crítico, logo após as denúncias de corrupção investigadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Com o agravamento da crise entre PMDB e Planalto, o ex-presidente Lula passou a agir para tentar pacificar a relação entre o presidente do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), e a presidente Dilma. O conflito envolve ainda o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o Palácio do Planalto.

Particularmente, o vice-presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso do Sul, Onevan de Matos (PSDB), disse que “a verdade apareceu e ela é cruel”, referindo-se aos motivos que levam a presidente e o país a atravessar uma de suas piores crises políticas. Onevan destacou que Dilma apresentou, durante a campanha eleitoral do ano passado, um país inexistente – com economia equilibrada, perspectivas de geração de empregos e desenvolvimento econômico –, muito diferente da atual realidade.

O parlamentar relembrou as propostas apresentadas pela então candidata à reeleição, que falava sobre o suposto contorno da crise econômica brasileira sem afetar os direitos e o poder aquisitivo dos trabalhadores. Ele explicitou, de outro modo, que tão logo tomou posse, Dilma fez exatamente aquilo que acusava a oposição de defender, como o aumento da carga tributária, o aumento da tarifa da energia elétrica e a mudança na legislação trabalhista em prejuízo aos trabalhadores brasileiros.

“A presidente foi omissa na campanha eleitoral, mostrando um cenário inexistente de progresso, que se esvaiu tão logo foi empossada para o seu segundo mandato. Este é um dos principais motivos da crise política e da insatisfação popular, que culminaram com a grande manifestação do último dia 15 de março”, avalia.

Onevan citou, também, que a diferença entre o cenário de campanha – o discurso – e o cenário real está sendo preponderante para que Dilma, cada dia mais, perca o apoio político-parlamentar que recebeu em seu primeiro mandato. “Está na hora de a presidente da República cumprir suas promessas de campanha. A insatisfação popular é extremamente grande, que vem sendo comprovada em pesquisas de opiniões públicas e que mostram a ampla reprovação de Dilma”, sugeriu o tucano.

Onevan diz que tão logo tomou posse, Dilma fez exatamente aquilo que acusava a oposição. (Foto: Divulgação)

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