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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Ex-vice prefeito afastado, Gilmar Olarte deixa o presídio

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07/10/2015 07h52 – Atualizado em 07/10/2015 07h52

Reportagem de Elvio Lopes/ De Campo Grande

O vice-prefeito afastado da Capital, Gilmar Antunes Olarte (PP), deixou o presídio na madrugada de hoje. Ontem, ele prestou depoimento, na sede do Grupo Especial de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), à força tarefa do Ministério Público do Estado (MPE), que coordena as investigações da Operação Coffee Break, criada em agosto passado para apurar envolvimento de empresários e políticos em supostos favorecimentos para a cassação do prefeito reconduzido Alcides de Jesus Peralta Bernal (PP), ocorrido em março do ano passado.

Ao deixar a sede do Gaeco, em que passou duas horas e meia prestando depoimento e almoçar, porque já havia passdo do horário das refeições no Presídio Estadual Militar, onde está recolhido desde a madrugada de sexta-feira, Olarte afirmou à imprensa que estava sendo bem atendido e que prestou todos os esclarecimentos ao MPMS, que apura seu envolvimento nas articulações para cassar Bernal.

“Estou à disposição do meu povo e tudo vai ser esclarecido com fé em Deus e abraços para todos”, afirmou, de longe, o vice-prefeito afastado, ao embarcar na viatura da escolta da Polícia Militar para retornar ao presídio, onde deveria permanecer até meia noite de ontem.

O advogado Jail Benites Azambuja, que defende Gilmar Olarte, confirmou à imprensa, que o ex-prefeito afastado não prestou depoimento por meio de delação premiada e negou que os promotores tenham feito alguma oferta nesse sentido. “Não houve oferta e nem se cogitou isso, mas poderemos usar esse instrumento mais tarde, se houver necessidade”, afirmou.

Segundo a defesa, Gilmar Olarte foi questionado sobre as circunstância do processo de cassação de Alcides Bernal e que o vice-prefeito afastado esclareceu os questionamentos, reafirmando seu depoimento anterior, já de conhecimento das autoridades e que confirmou ter participado de algumas conversas com vereadores e empresários, mas sem articular nada para a cassação, apenas informando que os diálogos foram no sentido de explicar o cenário futuro se houvesse a cassação, de como ficaria o governo municipal com o provável afastamento do então prefeito.

Jail Azambuja confirmou que seu cliente negou que em nenhum momento houve proposta ou tentativa de influenciar votos de vereadores pela cassação de Bernal e que apenas partidos procuravam espaço após uma possível cassação.

O advogado também enfatizou que, após prestar os devidos esclarecimentos no depoimento de ontem, não vê motivo para a prorrogação da prisão temporária seu cliente, mas lembrou que é uma prerrogativa do MPMS encaminhar solicitação nesse sentido ao TJMS. A prisão temporária de Olarte venceria à meia noite de ontem e a expectativa da defesa é que ele fosse liberado após esse prazo.

Gilmar Olarte deixa sede do Gaeco após prestar depoimento. Foto: Antonio Marques/CGNews

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