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terça-feira, 23 de abril de 2024

Mato Grosso do Sul se tornará grande produtor de energia via biomassa

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07/07/2015 13h27

O Brasil tem hoje entre 78% e 89% de sua energia elétrica produzida por meio de fontes renováveis. No mundo, a média é de 20%. A

Europa pretende chegar a 60 % somente em 2020. Atualmente, 85% da energia que movimenta o mundo são de origem fóssil, e 80% dessa energia tem seu uso concentrado em cerca de 10 países.

Esse contexto foca a difusão da utilização de biomassa como opção estratégica e social para o planejamento Energético do país.

A atividade industrial já vem trabalhando com a biomassa desde os anos 70. No entanto, para o desenvolvimento dos recursos de biomassa com a vasta agricultura, ainda caminha lento.

Países de primeiro mundo buscam alternativas para combustível (etanol) em milho, beterraba e outros diversos produtos.

Em nosso país, no entanto, é outra realidade. Desta forma, o diretor de Consultoria da Consufor, Márcio Funchal, ressalta o crescimento da área plantada com eucalipto acima da média no Mato Grosso do Sul, pelo efeito da Fibria e Eldorado.

Sendo o Brasil um dos principais produtores agrícolas do mundo, o potencial nacional para a biomassa se torna muito grande.

“Somente a produção de briquetes, que substituem a lenha, cresce 4,4% ao ano, com expectativa de crescimento de 8 %.

Atualmente se produz 1,2 milhões de toneladas do material ao ano, sendo 272 mil toneladas provenientes de resíduos agrícolas, e as 930 mil toneladas restantes, advindas da madeira”, explicou Funchal.

A produção de toras cresce, em média, de 8% ao ano, enquanto que a média mundial é 2% ano. Para que se tenha uma ideia desse crescimento, no Brasil – em um ano – a produção aumentou uma vez e meia com as florestas.

As projeções de aumento, em Mato Grosso do Sul, devido às ampliações das fábricas de celulose em Três Lagoas, mais a expectativa de uma terceira fábrica em Ribas do Rio Pardo, e a construção de uma indústria de MDF em Água Clara, estimam que, de 890 mil hectares de floresta, essa produção chegue a 1 milhão de hectares até 2017.

Neste aspecto, o desenvolvimento mundial da geração de energia verde por meio da industrialização cresceu, em seis anos, cerca de 60%.

No Brasil não é diferente. O desenvolvimento da celulose é vertiginoso e o país é vitrine, principalmente o Estado de Mato Grosso do Sul, por meio das fábricas Fibria e Eldorado, que nos últimos meses anunciaram suas ampliações e, por conseqüência, irão aumentar sua quantidade de energia por queima de biomassa.

Funchal ressalta que hoje o Brasil é vitrine para investimentos no setor florestal, que vai passar a contribuir com o crescimento das usinas de energia elétrica por meio de biomassa.

Assim, o mercado de geração de energia tem elevado potencial de crescimento e precisa ser estudado para oportunizar maior competitividade industrial e menor preço para o consumidor comum.

“Os preços de energia elétrica são praticamente o dobro do histórico recente, mas para conseguir maior produção é preciso sinergia com uma política nacional de resíduos sólidos (logística reversa).

Há vários modelos de operação, cada um adaptado para as condições do negócio: localização; raio de operação e características da logística; perfil do mercado fornecedor (concorrentes), perfil do mercado consumidor (clientes); escala dos empreendimentos envolvidos; demanda regional de biomassa e market-share; disponibilidade e custo de capital”, disse.(Painel Florestal)

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