19/08/2014 07h12 – Atualizado em 19/08/2014 07h12
O padre salesiano Mário Ottorino Panziera morreu na manhã de ontem, aos 87 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos. Segundo laudo médico, ele estava internado há cerca de duas semanas no Hospital da Unimed (antigo Miguel Couto). Responsável por criar 16 novas comunidades católicas na Capital, o pároco de São José também era conhecido por ser um dos fundadores do Conselho Indigenistas Missionário (Cimi).
O velório teve início por volta das 14 horas de ontem, na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, no bairro Santo Antônio, região onde ele atuou por mais de 13 anos.
O sepultamento acontece no cemitério Santo Antônio, a partir das 10 horas de hoje, mas antes, às 7h30, é prevista uma missa com a presença do inspetor da Missão Salesiana de Mato Grosso, padre Gildásio Mendes dos Santos, e do bispo auxiliar da Arquidiocese de Campo Grande, Dom Eduardo Pinheiro da Silva
Por mais de 20 anos Mário ajudou na formação religiosa dos índios das etnias Bororó e Xavante, no mato Grosso. Além de catequizá-los, também disseminou um pouco de seu conhecimento da agricultar e pecuária a estes povos para que eles pudessem cultivar e criar gado na região.
No ano passado, a comunidade de Indápolis, distrito de Dourados, onde ele atuou por vários anos, comemorou as Bodas de Diamante do sacerdote.
Histórico Vocacional
O padre Mário Ottorino Panziera nasceu em 7 de janeiro de 1927 em Selva del Montello, na Itália. O missionário italiano chegou ao Brasil em 1947, aos 20 anos de idade. Foi ordenado sacerdote aos 26 anos na Paróquia Sagrado Coração de Jesus, em São Paulo (SP), pelo bispo salesiano Dom João Rezende Costa. O lema escolhido para ilustrar a sua vocação foi “conservai a unidade do espírito no vínculo da paz” (Ef: 4,3).
Depois de ordenado, atuou nas aldeias São José de Sangradouro, Sagrado Coração de Meruri Marcos, com as etnias Bororo e Xavante – em Mato Grosso. Em 1972, ajudou a fundar o Cimi.
Em 1976 veio para Mato Grosso do Sul, assumindo a função de diretor da comunidade salesiana de Indápolis – composta por uma casa de formação, o Instituto Dom Bosco, e pela Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora.
Atuou como pároco em Cuiabá-MT (Paróquia São Gonçalo), São José (Campo Grande), Nossa Senhora Auxiliadora (Campo Grande) e novamente em Indápolis com a função de pároco – local onde celebrou os 60 anos de vida sacerdotal em 2013.
Na capital, de 1995 a 2008, foi o responsável pela construção de 16 comunidades católicas, três delas foram elevadas à paróquia, são elas: Maria Medianeira das Graças (Vila Popular); Sagrado Coração de Jesus, que se tornou a Paróquia Coração Eucarístico de Jesus (Bairro Coophatrabalho) e a Paróquia São Francisco de Sales, antes Comunidade São Pedro (Bairro Recanto dos Pássaros). Como pároco ele sempre deu prioridade à atuação de todos os movimentos pastorais da Igreja Católica.
Neste último ano foi confessor e acompanhou os formandos do Pós-Noviciado, no Instituto São Vicente – em Campo Grande.
