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quinta-feira, 28 de março de 2024

Morte de investigador põe sindicato em alerta por amparo à categoria

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09/07/2014 06h55 – Atualizado em 09/07/2014 06h55

Morte de investigador põe sindicato em alerta por amparo à categoria

Era por volta das 14 horas de segunda-feira (7) quando um amigo encontrou o investigador da Polícia Civil Allan Martia, de 33 anos, enforcado na casa onde vivia sozinho na Rua do Policial, no Conjunto Arnaldo Estevão Figueiredo, em Campo Grande.

Além de ter motivação desconhecida, já que familiares afirmaram que Martia não apresentava sintomas de depressão, o suicídio chama a atenção por outro detalhe: foi o segundo registrado entre policias civis de Mato Grosso do Sul em menos de quatro dias.

No dia 3, Bruno Leandro da Silva, de 32 anos, que servia em Fátima do Sul, havia tirado própria vida com um tiro na cabeça. Nos últimos 18 meses, já são quatro servidores da categoria que cometem suicídio.
Diante deste cenário preocupante, o Sindicato Estadual dos Policiais Civis (Sinpol/MS) reforça a luta que trava junto ao Estado em busca de amparo aos policias.

Segundo o vice-presidente do sindicato, Roberto Simião de Souza, a entidade tem como objetivo conseguir tratamento psicológico gratuito aos todos os policiais, principalmente àqueles que presenciaram alguma situação que lhes causasse traumas emocionais.“Queremos que eles mantenham a saúde mental em dia para o bom desempenho da função”, disse Simião.

Ele explica que como qualquer ser humano, os membros da corporação possuem problemas pessoais, mas que estes, aliados à pressão do dia a dia de trabalho, podem trazer consequências trágicas para os que não estão emocionalmente preparados. Por este motivo, o acompanhamento psicológico é fundamental.

“No caso da Polícia Civil, sabemos que é um trabalho de risco e muito estressante, no qual os servidores se deparam com sobrecarga de funções, falta de estrutura e a insegurança. Estes fatores acumulados podem desencadear algum tipo de transtorno que precisa ser observado de perto por especialistas”, disse.

Ele aponta que embora haja cobrança por parte do Sinpol/MS, o Estado ainda não se manifestou sobre o pedido. “Por enquanto, quem precisar, terá que custear o tratamento por conta própria”.

Além dos homicídios mencionados, outros quatro policiais morreram. De acordo com dados do próprio sindicato, três deles foram vítimas de homicídios, sendo dois na Capital e um no interior, e um deles morreu em acidente de trânsito na cidade de Costa Rica. “Até pouco tempo nem tratamento médico os homens feridos em ação recebiam. Agora todos têm atendimento e queremos o mesmo no âmbito psicológico”, detalhou. (*O Progresso/De Campo Grande)

foto - Marcelo Victor: Investigador foi encontrado morto por amigo

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