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sábado, 20 de abril de 2024

Mostra apresenta cotidiano da cultura indígena de MS

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15/08/2014 08h33 – Atualizado em 15/08/2014 08h33

Exposição na capital mostra o cotidiano das nações terena, kadiwéu, guató, ofaié e guarani. Aberta ontem, a Mostra “Nosso Povo, Nossa Terra, Nossos Índios”, que integra o calendário dos 115 anos de Campo Grande, está no Memorial Cultura Indígena da aldeia urbana Marçal de Souza, no bairro Tiradentes. Fica numa oca coberta de palha.

O acervo foi cedido pelos fotógrafos e pesquisadores Lelo Marchi, Rômulo Cabral Sá, Suki Osaki, Carlos Dutra e Daiane dos Santos, entre outros, juntamente com arquivos do Museu Nacional do Índio do Rio de Janeiro.

A coordenadora do local, Alice de Oliveira Silva, aponta que a contribuição dos artistas foram fundamentais para a criação da exposição. “Estamos satisfeitos com a participação dos colaboradores, que cederam registros importantes como dos índios Ofaié e Guarani-Caiuás”, disse Alice.

A professora Cristiana Maciel Nogueira, da Escola Municipal Sulivan Silvestre Oliveira, da aldeia urbana Marçal de Souza, levou seus alunos da pré-escola para conhecerem o memorial e apreciarem o acervo disponibilizado para visitação. “É um resgate de raízes, de histórias que eles ouviram de antecedentes.

Algumas das fotos expostas foram produzidas por Lelo Marchi, que é acadêmico de Ciências Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Ele conta que fez os registros durante a elaboração de um projeto acadêmico de iniciação científica. Até o final do ano, promete lançar o um documentário reunindo as informações que colheu junto a uma aldeia na região de Rio Brilhante.

“O foco foi o processo de reafirmação cultural destes povos. Minha pesquisa é voltada para Antropologia Visual, na qual realizo uma leitura interpretativa das imagens. Fiquei muito feliz em contribuir com a exposição”, disse.

Além da exposição, o local oferece a venda produtos confeccionados por artesãos da região. A cacique Terena Enir Bezerra afirma que o espaço contribui diretamente com a renda de cerca de 200 famílias que vivem na aldeia, além de englobar uma representação geral da cultura indígena presente em nosso Estado.

“O espaço implantado em 1999 surgiu no intuito de ajudar na renda das famílias. Atualmente, 20 artesãos deixam aqui a produção para ser comercializada, garantindo assim, grande parte da renda família”, avaliou.

De acordo com titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Turismo e Agronegócio, Edil Albuquerque, o Memorial recebe mensalmente duas mil pessoas, já que está inserido na rota turística do City Tour da Capital. A exposição dará ainda mais visibilidade ao projeto.

“O memorial indígena de Campo Grande é referência do turismo local e esta exposição permanente, com certeza atrairá a população a conhecer mais da história dos povos indígenas que aqui habitam. É importante lembrar que nosso Estado abriga a segunda maior população indígena do país e, por isso, é essencial preservarmos sua memória”, explicou.

Fotos: Ernesto FrancoExposição foi aberta ontem no Memorial de Cultura Indígena da Capital

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