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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Políticos e empresário são indiciados no caso de exploração sexual de menores

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25/04/2015 07h58

Da redação

O delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), indiciou políticos e um empresário envolvidos em exploração sexual de menores em Campo Grande.

O anunciou sobre o indiciamento dos envolvidos no caso foi feito na tarde de quinta-feira durante entrevista coletiva à imprensa.

Foram indiciados por crime de extorsão o ex-vereador Robson Martins, Fabiano Viana Otero e o empresário Luciano Pageu, proprietário da revista Altar, presos na última quinta-feira (16).

Luciano e Robson Martins, presos na semana passada, foram indiciados por exploração sexual, corrupção de menores e extorsão.

A pena pode chegar a 24 anos de prisão. Fabiano, o articulador do esquema, segundo a polícia, vai responder pelos mesmos de Luciano e Robson.

Sérgio Assis prestou depoimento na quarta-feira e também foi indiciado por exploração sexual. Alceu Bueno iria prestar depoimento na manhã desta quinta-feira não compareceu. A justificativa foi de que o vereador não estava bem de saúde e passava por consulta médica. Ele será indiciado por exploração sexual.

O advogado do vereador, Fábio Theodoro Faria, afirmou que o cliente dele não tem envolvimento com rede de exploração sexual de adolescente.

A defesa do ex-deputado estadual, José Trad, disse que ele é uma vítima de um esquema de extorsão e que o indiciamento foi uma decisão apressada da polícia.

Lauretto disse que depois os suspeitos seguiam para motéis com as adolescentes e explicou como funcionava o esquema de exploração sexual e extorsão, feita mediante vídeos íntimos gravados pelas adolescentes.

“Os encontros eram em locais públicos e distintos e depois iam para o motel. A casa era como um quartel-general”, explicou o delegado.

Segundo a polícia, as meninas eram abordadas por Fabiano Viana Otero, que está foragido. Ele também oferecia a casa para abrigá-las, uma espécie de quartel-general. O advogado de Fabiano, Amilton Ferreira de Almeida, informou que pedirá delação premiada na sexta-feira (24) em troca da liberdade do cliente.

O empresário Luciano Pageu orquestrava o encontro entre as meninas e o cliente, além de levá-las até o local combinado. O carro utilizado era o mesmo que ele usava no dia da prisão em flagrante, na quinta-feira (16). O advogado de Luciano, Antônio César Jesuino, nega a participação do cliente nos crimes.

O advogado Robson Martins foi preso no mesmo dia de Luciano. A dupla foi flagrada pela polícia extorquindo o vereador Alceu Bueno (PSL), que ajudou no flagrante. Ele estava com R$ 15 mil dos R$ 27 mil pedidos. A defesa de Robson, Ramão Sobral, disse que não vai se manifestar sobre o indiciamento.

Segundo Lauretto, os suspeitos tinham conhecimento de estarem se relacionando com adolescentes. “Em um dos vídeos, a menina fala: você sabia que eu tenho 15 anos. Então ficou claro que eles sabiam da idade”, disse o oficial.

O delegado disse que o valor dos encontros ainda é obscuro. “As informações são desencontradas, R$ 500, R$ 600 outra de que era Fabiano que recebia o pagamento e repassava parte para as meninas”, pontuou. A polícia depende da prisão de Fabiano para o desfecho do caso.

VÍDEOS

Os vídeos eram feitos pelas adolescentes que orientadas por Fabiano utilizavam uma câmera escondida em chaveiro. As gravações eram usadas para extorsão. A polícia apreendeu na casa de Fabiano CDs com gravações e os chaveiros.

Os vídeos foram encaminhados, na quarta-feira (22), para o instituto de criminalística para perícia e deve ficar pronto até o fim da próxima semana. Mas o delegado confirmou a aparição de do ex-deputado estadual Sérgio Assis (PSB) e do vereador.

Alceu foi uma das vítimas de extorsão. Num primeiro momento, o vereador pagou R$ 100 mil. E na segunda vez, os suspeitos pediram R$ 27 mil, mas ele arrumou R$ 15 mil. A entrega do dinheiro foi usada pela polícia para prender parte dos investigados.

De acordo com o delegado, uma das meninas foi ameaçada. “Alguém procurou uma dessas adolescentes e disse que por causa dela Fabiano deixou de receber R$ 1 milhão”, afirmou Lauretto. Esse montante seria pago por Alceu Bueno.

Com informações do G1

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