24/09/2014 09h08 – Atualizado em 24/09/2014 09h08

Na Capital segunda incineração de drogas destrói mais de 37 toneladas

De toda a droga incinerada, a maior parte – 36 toneladas – corresponde a maconha

Mais de 37 toneladas de drogas apreendidas em Mato Grosso do Sul foram incineradas ontem; está é a segunda queima de entorpecentes realizada pela Polícia Civil do Estado, por intermédio da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) em Campo Grande. A destruição do material foi feita nos fornos de um frigorifico da Capital, situado na BR 060, em Campo Grande.

Na cerimônia, que reuniu representantes de órgãos de justiça do Estado para destruição de toda a substância ilícita apreendida, o secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, lembrou o importante papel das forças policiais no combate às drogas. “Hoje as policias prestam contas do seu trabalho para a sociedade. São policiais do Estado e federais que estão sempre vigilantes, presentes 24 horas nas ruas, estradas e rodovias de nossos municípios para coibir o tráfico, principalmente nas linhas de fronteiras entre países tidos como grandes produtores de maconha e cocaína, como é o caso do Paraguai e Bolívia [respectivamente]”.

De toda a droga incinerada, a maior parte – 36 toneladas – corresponde a maconha. Os outros 391 quilos são de outras substâncias psicoativas como cocaína, pasta de cocaína e crack. Em seu pronunciamento, Jacini ainda ressaltou a expressividade das ações policias, conforme dados divulgados pelo Governo Federal. “Segundo o Ministério da Justiça, o estado de Mato Grosso do Sul é responsável por 80% das drogas apreendidas em todo o Brasil”, disse o secretário.

Essa é a segunda queima de drogas promovida este ano pela Denar. A primeira foi realizada no dia 15 de abril, quando foram destruídas 35,4 toneladas de drogas. Para o Delegado-Geral de Polícia Civil, Jorge Razanauskas Neto, a incineração representa um dia de comomeração, em decorrência da grande quantia de droga que foram destruídas. “Estamos aqui para acabar com uma montanha de entorpecentes, 37 toneladas no total. Certamente neste ano de 2014 bateremos o recorde de 2013. Já atingimos a marca de 150 toneladas de drogas apreendidas, número 74% maior que no ano passado quando apreendemos 80 toneladas”, afirmou.

Das 150 toneladas de drogas apreendidas no Estado, 137,4 toneladas são de maconha, 2,7 toneladas de cocaína e 225,8 quilos de outras drogas, a exemplo das sintéticas como o Ecstasy e o LSD. Além disso, as operações policias também resultaram na prisão de 2.146 pessoas por tráfico de drogas, o que significa um aumento de 16%, em comparação com 2013, quando foi de 1.852 o número presos. Os dados correspondem as ações realizadas nos últimos oito meses de 2014.

Segundo o delegado titular da Denar, Rodrigo Yassaka, os números apontam o bom trabalho que as policias vem fazendo no combater ao crime organizado, de forma a reduzir a distribuição de drogas dentro e fora do Estado. “O tráfico de drogas movimenta uma imensa fortuna e alimenta a prática de outros crimes. Mato Grosso do Sul por sua localização geográfica possui uma importância estratégica para os traficantes, sendo utilizado como corredor de veículos roubados e furtados que são usados como moeda de troca para aquisição de drogas como cocaína e maconha que posteriormente são distribuídas em outros estados da federação”, explicou.

Presente na incineração, o subdiretor do DOF (Departamento de Operação de Fronteira), Coronel Estevão, ressaltou a importância das colaboração da sociedade nos trabalhos de investigação. “Grande parte do material apreendido vem de denúncias anônimas. Quando a população confia nos órgãos de polícia, liga e faz a denúncia é porque ela não apenas confia em nosso trabalho, como também se coloca ativa no combate às drogas”, destacou.

Participaram da incineração representantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Militar Rodoviária Estadual, Polícia Rodoviária Federal, DOF Denar e Defron, sendo esses os órgãos responsáveis pelas apreensões de drogas em Mato Grosso do Sul. O encontro contou também com a presença de outras autoridades da Capital, além dos 420 alunos do curso de formação de investigadores, escrivães, peritos criminais e peritos papilocopistas da Polícia Civil. (Sejusp)