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quarta-feira, 24 de abril de 2024

UEMS faz parceria com criador para preservação do bovino pantaneiro

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19/04/2015 13h00

Em risco de extinção, o bovino pantaneiro tem sido pesquisado pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), em Aquidauna, que fez parceria com criadores do gado tanto para análises, como para aumento de animais da espécie.

Trabalhando em parceria com o criador Marcus Antônio Ruiz, o pesquisador e professor da UEMS de Aquidauana, Marcus Vinícius de Oliveira, realiza experimentos para identificar animais com potencial genético para leite dentro da raça.

Já que o gado pantaneiro, conhecido também como tucura, é considerado um espécie em extinção, mas tem relevância por sua história e importantes características – como a rusticidade e a resistência a doenças.

“Vale lembrar que esse grupo genético não sofreu nenhum trabalho de seleção e melhoramento até hoje”, diz Marcus Vinícius – como sofreu, por exemplo, a raça Girolando.

Mesmo assim, o pesquisador afirma que identificou uma produção leiteira que já é superior à média do MS: cerca de 5 kg/dia, em comparação com os 2,2 kg/dia produzidos no estado.

O produtor rural Marcus Ruiz, de Jardim, herdou do pai algumas cabeças de gado pantaneiro, a princípio foi criticado, pois na região o predomínio é da raça Nelore, com muitos produtores e raça selecionada.

Contudo, tempos depois descobriu, por meio de um livro da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que tinha em mãos o gado que foi o início da força da pecuária do Brasil e do Mato Grosso do Sul.

Pela internet encontrou o site da UEMS e o projeto com o gado, entrou em contato e o pesquisador, Marcos Vinícius, visitou a fazenda que tem 22 cabeças do bovino Pantaneiro.

“O gado corre risco de extinção, no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul são menos de mil cabeças e existe o interesse governamental na manutenção desta bagagem genética, inclusive porque este gado tem uma alta tolerância ao carrapato, que hoje é um inibidor do crescimento da pecuária de leite em muitos lugares”, explicou o professor da Universidade ao criador.

O produtor rural hoje é parceiro do projeto da UEMS, junto à Embrapa, o Centro Nacional de Pesquisa de Recursos Genéticos e Biotecnologia (Cenargen) de Brasília e a Fundação de Apoio Universitário (FAU).

“As vacas vão para Aquidauana, onde irão entrar no programa de seleção, serão coletados os óvulos e fertilizados em touros do Pantanal, que não tem contato direto com o ser humano.

Os sêmens serão retirados com duas vertentes, a leiteira e de carne, para se aproveitar o que a raça tem de melhor, que é a rusticidade.

E quem sabe nesta vaquinha pequena e desvalorizada, que significava animal sem raça e sem valor, esteja a grande resposta para a pecuária do mundo para os próximos anos”, disse o produtor, Marcus Ruiz.

De acordo com o criador, a raça é considerada precoce, pois as fêmeas entram no cio mais rápido depois do parto, além do problema quase inexistente da retenção de placenta, também os bezerros machos – com dois anos – já têm a possibilidade de emprenhar as fêmeas.
(UEMS)

Governo do Estado de Mato Grosso do Sul

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