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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Manifestantes liberam rodovia em Navirai

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06/01/2015 13h16 – Atualizado em 06/01/2015 13h16

A Polícia Rodoviária Federal remeteu nota ao jornal Douradosagora, informando que os manifestantes desbloquearam a rodovia BR-163, que foi fechada na manhã de hoje, em Navirai. Os manifestante marcaram reunião que já estava engrenada com o MST e INCRA para a próxima quinta-feira.

Ontem e hoje, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST/MS) interditaram vários trechos de rodovias federais em Mato Grosso do Sul, em protesto por demarcações.

As ações dessa jornada começaram no dia 1°, na posse da presidenta Dilma Rousseff (PT), quando o movimento participou, com caravanas de todo o país, reivindicando para que este ano sejam assentadas no mínimo 120 mil famílias em todo o Brasil e no decorrer do mandato 50 mil famílias por ano.

Além disso, o MST também contesta a escolha do nome de Kátia Abreu (PMDB), como ministra da agricultura, pois ela representa um segmento atrasado de latifundiários, que não alcançou o patamar de produtividade para atender as demandas da economia brasileira. Ela tem raízes em um segmento que tem a terra como um instrumento de poder e reserva de patrimônio, sem vocação para a produção, sem qualquer responsabilidade com a preservação do meio ambiente e que vê no fortalecimento da agricultura uma oportunidade para especulação, tanto para vender a propriedade como para o arrendamento.

Em Mato Grosso do Sul o movimento possui reivindicações centrais como a liberação imediata das áreas vistoriadas, que já possuem confirmação de serem para a Reforma Agrária, vistorias paralisadas das áreas e reestruturação emergencial do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), que está sucateado, com falta de pessoal e infraestrutura adequada para dar continuidade nos trabalhos.

De acordo com Marina Ricardo Nunes, representante de Mato Grosso do Sul na direção nacional do MST, somente com ações de impacto como essa que os poderes constituídos olharão para as questões sociais, como a Reforma Agrária Popular, no seu contexto amplo. “Atualmente temos 120 mil famílias do MST acampadas em todo o país, mais de três mil em MS, hectares sem fim do latifúndio para os nossos assentamentos e não podemos fechar nossos olhos para a necessidade de irmos para as ruas exigir a reforma agrária popular e democrática, queremos a terra e condições dignas para produzirmos”, afirma.

Marina disse ainda que a luta do movimento é pela soberania alimentar e por isso a expressão Reforma Agrária Popular. “Precisamos lutar pela garantia da Soberania Alimentar, ou seja, o direito dos povos decidirem sobre o que plantar, quanto plantar e que a produção seja destinada em primeiro lugar para alimentação, pois as produções das monoculturas (soja, milho, cana-de-açúcar…) carregadas de agrotóxicos, além de prejudicar a saúde da humanidade não são para alimentação e sim para exportação, visando apenas o lucro pelo lucro”, disse.

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