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quinta-feira, 25 de abril de 2024

MP oferece denúncia contra organização criminosa ligada ao PCC

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02/02/2015 18h11 – Atualizado em 02/02/2015 18h11

MPE/MS

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Nova Andradina/MS, após investigação da pela Polícia Civil, ofereceu denúncia contra diversos integrantes de organização criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e que vinham atuando em Nova Andradina desde o início de 2014. O processo criminal tramita na Vara Criminal de Nova Andradina.

Ao todo, foram denunciadas 22 (vinte e duas) pessoas pela prática do crime de organização criminosa, 4 (quatro) pela prática do crime de comércio ilegal de armas de fogo, 1 (uma) pela prática do crime de tráfico de drogas e 18 (dezoito) pela prática do crime de associação para o tráfico.

Todos os envolvidos tiveram suas prisões preventivas decretadas, sendo que 20 (vinte) encontram-se presos e apenas 2 (dois) permanecem foragidos.

Dos envolvidos, 14 (quatorze) respondem ou já foram condenados pela prática de tráfico de drogas, 5 (cinco) pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, 2 (dois) por latrocínio tentado, 2 (dois) por homicídio e 4 (quatro) por roubo.

Operação

A operação policial que desencadeou o oferecimento da denúncia durou cerca de 07 (sete) meses e acompanhou, passo a passo, a rotina dos envolvidos, oferecendo farto material probatório que lastreou a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado.

Durante a operação, batizada de “PLUMBUM”[1], foi interceptado um carregamento de aproximadamente 2.500 kg (dois mil e quinhentos quilos) de maconha. Também foram apreendidas armas de fogo, munições, veículos e outros bens.

A estrutura da organização criminosa

A organização criminosa funcionava por meio de células ou núcleos operacionais com funções claramente identificáveis e distintas, mas sempre interligadas.

O primeiro núcleo era formado apenas por membros ou simpatizantes do PCC, que exerciam a função de “DISCIPLINAS” em Nova Andradina e eram responsáveis por fazer valer as ordens emanadas da liderança da facção e garantir o cumprimento das diretrizes e regras de disciplina da organização criminosa.

O segundo núcleo era responsável por trazer o entorpecente da fronteira do Paraguai, mantê-lo em depósito em assentamento localizado no Distrito de Nova Casa Verde, em Nova Andradina, e depois entregá-lo aos distribuidores e proprietários de “bocas-de-fumo” locais ou encaminhá-los a outras partes do Brasil.

O terceiro núcleo era formado por membros de uma mesma família que eram responsáveis por grande parte da venda de drogas em Nova Andradina, em especial nos Bairros Argemiro Ortega e Morada do Sol. Além disso, atuavam no comércio ilegal de armas de fogo que, depois de adquiridas, eram repassadas em sua maioria a adolescentes para a prática de atos infracionais graves.

O quarto núcleo era responsável pelo efetivo transporte do entorpecente e apoio operacional e logístico dado aos demais integrantes da organização. Os integrantes desse núcleo atuavam tanto como motoristas de carregamentos de drogas e “batedores”, quanto como executores de crimes patrimoniais ou fornecedores de apoio logístico para os demais membros da organização.

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