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quinta-feira, 25 de abril de 2024

MST ‘tranca’ rodovias em manifesto pela greve da educação

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03/06/2015 08h31 – Atualizado em 03/06/2015 08h31

Douradosagora

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de Mato Grosso do Sul (MST/MS) realiza uma grande panfletagem nesta quarta-feira, em duas grandes rodovias, na defesa da educação pública de qualidade no campo, na cidade e pela Reforma Agrária popular.

O movimento faz manifestação no quilômetro 140 da BR-267, no distrito de Casa Verde e no km 409 da BR-262, em Terenos. São cerca de 100 a 200 militantes do movimento em cada ponto, eles estão parando o trânsito fazendo uma grande panfletagem e liberando os veículos de pouco a pouco.

De acordo com Jonas Carlos da Conceição, da direção nacional do MST, o movimento é solidário e dá total apoio aos professores e administrativos da educação de MS que estão em greve desde o dia 27 de maio. “O MST tem uma história na luta pela educação pública de qualidade, por isso estamos com essa ação hoje, em solidariedade ao movimento que está em greve, batalhando por valorização e direitos trabalhistas. Queremos um estado que respeite os seus educadores e educadoras, que entenda que só é possível construir uma sociedade melhor, se o ensino público de qualidade for a base do desenvolvimento com justiça social”, afirma.

O dirigente afirmou que o MST ressalta que o campo não é apenas um lugar do agronegócio que expulsa famílias, e que reproduz o discurso de que não se precisa de educação nem de escolas. “Nossa batalha constante e histórica é por uma educação no campo que possibilite que os sujeitos envolvidos com a lida diária da terra tenha a consciência e a oportunidade de lutarem por direitos coletivos, debaterem a forma, os conteúdos dentro de uma proposta educacional que forme pessoas críticas e transformadoras de suas realidades”, disse.

Segundo Dinho Lopes, que também é da direção do MST de MS nesta pauta o movimento também destaca que quer mais atenção do poder público as escolas rurais, pois muitas são tratadas apenas como uma extensão urbana, sem um cuidado e um olhar especial. “A realidade da comunidade camponesa é totalmente diferente da urbana, precisamos que o ensino em assentamentos seja voltado ao desenvolvimento de valores cooperativos entre crianças, jovens e adultos, políticas públicas voltadas para uma educação mais crítica, transformadora e emancipadora”, explicou.

Além disso, o MST ressalta que este dia também é de luta pela Reforma Agrária Popular, totalmente paralisada no estado a cinco anos, eles continuam na batalha para mudar este cenário e sabem que isso só será possível com uma reestruturação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

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