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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Mulher na indústria de MS cresce e representa 26,3% do total

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05/03/2015 07h44 – Atualizado em 05/03/2015 07h44

Participação da mulher na indústria de MS cresce e já representa 26,3% do total

Atualmente, o setor emprega 35.194 mulheres, a maior parte no segmento de alimentos e bebidas

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As indústrias sempre foram um ambiente dominado por homens. Era comum acreditar que trabalhos mais pesados não poderiam ser feitos por mulheres, mas esse pensamento foi desmistificado e as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço no setor, mudando de vez o cenário das fábricas em Mato Grosso do Sul. Levantamento do Radar Industrial da Fiems aponta que o percentual de mulheres trabalhando nas indústrias de Mato Grosso do Sul aumentou em janeiro deste ano em relação a janeiro de 2014.

O percentual de colaboradoras nas empresas industriais do Estado saiu de 25% para 26,34% do total de 133.615 trabalhadores do setor atualmente, o que representa 35.194 trabalhadoras. A maioria, em número absoluto, atua nas indústrias de produtos alimentícios e bebidas, com 15.867 mulheres, logo em seguida aparece o segmento do vestuário, têxtil e artefatos em tecidos, com 5.833 trabalhadoras, enquanto percentualmente as indústrias de calçados lideram com 74,87% do total de 2.181 trabalhadores do segmento.

Empresárias

Um exemplo da força da mulher na indústria é a empresária Anita Burille, que está à frente da empresa DItália PVC, de Campo Grande (MS). Para ela, esse espaço não foi conquistado por acaso, mas foi um processo histórico e, como qualquer profissional, a mulher teve de demonstrar seus atributos e aptidões. “Essa história teve início quando a mulher começou a frequentar a universidade, ganhou conhecimento, se formou e já foi para o campo de trabalho. Ainda temos poucas mulheres na indústria, mas as poucas que temos devem ser expressivas, então a gente tem de trabalhar mais, ser responsável e fazer tudo muito bem, porque nós nos cobramos e a sociedade também”, declarou.

Já a empresária Idalina Zanolli, proprietária da Agosto Confecções, também de Campo Grande (MS), revela que ingressou no mundo da indústria da confecção há 25 anos pela necessidade de trabalhar e viu nesse mercado uma oportunidade de crescer. “Sou feliz com o que faço e acredito do potencial de todas as mulheres. Vejo que a mulher tem muita força, a gente mudou essa visão de que a mulher é o sexo frágil, porque hoje competimos com o homem de igual para igual. É claro que existem alguns serviços que não temos a força física necessária, mas a capacidade intelectual nós temos”, afirmou, informando que administra uma média de 100 funcionários, dos quais 60% são mulheres.

Time feminino

O manuseio da máquina, as roupas nem um pouco femininas e até mesmo o ambiente onde o time masculino predomina não impediram a auxiliar de produção Michele Pereira de Souza, 32 anos, de ir em busca da realização profissional. Ela atuava no mercado de trabalho como autônoma, mas por indicação da mãe que já trabalhava no ramo, ingressou para o quadro de funcionários da DItália PVC. Muito além da satisfação profissional, Michele Pereira conta que o emprego também permitiu complementar a renda da família para ajudar nas despesas de casa. “A renda fixa com registro na carteira e os benefícios foram atrativos para a entrada na indústria, pois me oferecem mais estabilidade do que trabalhar sem a certeza de ter o que receber no fim do mês com o trabalho autônomo”, disse.

A auxiliar de produção Patrícia Albuquerque, 34 anos, da Indústria Soprano, de Campo Grande (MS), também atuava como trabalhadora autônoma, mas optou por trocar as vendas pelo trabalho na fábrica. Ela conta que a recompensa veio de muitas formas. “A entrada na indústria foi uma grande oportunidade. A carteira assinada, o direito a férias e o sacolão são algumas vantagens, além da casa própria que consegui comprar graças ao emprego”, disse ela, que é uma das 270 mulheres que integram o quadro de funcionários da Soprano, que hoje tem, no total, 450 colaboradores.

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