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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Relatório da CPI da Máfia das Próteses fica pronto semana que vem

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01/07/2015 18h04 – Atualizado em 01/07/2015 18h04

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Órteses e Próteses, deputado Geraldo Resende (PMDB-MS), anunciou que o relatório final da comissão será lido na próxima quarta feira (8), nove dias antes do prazo de encerramento da CPI.

Diversos integrantes da comissão defenderam, no entanto, a prorrogação dos trabalhos, o que permitiria abrir outras frentes de investigação. Passariam a ser apurados, por exemplo, desvios de materiais do sistema público de saúde do Rio de Janeiro e a formação de cartel na venda de equipamentos no Nordeste.

“Esta CPI era pra ser mais ampla, era uma CPI para poder, inclusive, desnudar e acabar com a ‘máfia branca’ no Brasil”, disse o deputado João Carlos Barcelar (PR-BA).

O relator da CPI, deputado André Fufuca (PEN-MA), acredita que a comissão já identificou o padrão de funcionamento da máfia das próteses e vai poder apresentar uma solução para problema. Ele disse que a comissão que vai solicitar ao Ministério Público e à Polícia Federal que investiguem os assuntos que ficaram de fora da CPI.

“Da mesma forma, teremos encaminhamento de projetos de lei. Projetos de lei que considero fundamentais para coibir e impedir essa prática futura”, disse.

Depoimento

A comissão ouviu na terça-feira (30.06) depoimentos de representantes das empresas acusadas de participar da chamada máfia das órteses e próteses, entre eles Sandro Dian, da Stryker. Um dos distribuidores ligados à empresa dele foi citado na reportagem que deu origem à CPI. Sandro garantiu que rompeu relações comerciais com o distribuidor citado.

Já o administrador da empresa de implantes Strehl, Fernando Strehl, investigado por participar de suposto esquema de cirurgias superfaturadas em Balneário Camboriú (SC), classificou como “conversa de botequim” o diálogo que manteve com o repórter Giovani Grizotti, da Rede Globo. Na gravação, exibida pelo programa Fantástico no início do ano, Strehl admitiu que lucrava com próteses não usadas em cirurgias.

“Aquilo ali foi um papo de botequim, foi uma infelicidade quando o jornalista se apresentou como médico, chegou para mim com uma proposta de ganhar dinheiro e só falava nisso. Como eu vi que ele estava falando asneira, comecei a falar asneira com ele”, declarou em depoimento à CPI da Máfia das Próteses.

Strehl contou aos parlamentares que manteve conversas informais com médicos recém-formados em diversas ocasiões, tendo em vista que seu trabalho envolve propaganda. “Eu já vi diversas asneiras nesse meio”, disse.

Fernando Strehl é um dos profissionais citados na reportagem do Fantástico. Segundo o programa, a máfia das próteses foi constatada em cinco estados, onde médicos obrigam pacientes a passar por cirurgias e implantes de próteses, muitas vezes sem necessidade. Na conversa com o repórter, Strehl afirmou que uma prótese poderia ser danificada de propósito para ser cobrada duas vezes.

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