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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Ação arrecada dinheiro para cirurgia de criança na Tailândia

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10/08/2015 17h26 – Atualizado em 10/08/2015 17h26

Recurso é para criança de 2 anos e 7 meses que tem paralisia cerebral; tratamento custa R$ 260 mil; família conta com solidariedade da população

Flávio Verão

Para ver o filho melhor, uma mãe está disposta a levá-lo para Tailândia, único país que utiliza células-tronco para tratamento de paralisia cerebral. A policial militar aposentada Lene Assunção, 33 anos, e o marido Rogério Martins, 34, pedreiro, lançaram uma campanha junto aos amigos para arrecadar dinheiro para o pequeno Iran Assunção Anderson Martins, de dois anos e sete meses. O custo do tratamento está orçado em R$ 160 mil.

Com uma gestação aparentemente normal, Lene teve Iran de parto prematuro, porém o filho nasceu sem sinais vitais, aparentemente ‘morto’. Na tentativa de salvar a criança, o pediatra Mário Piccinini fez reanimação durante 20 minutos. Deu certo. Iran ressuscitou. Devido o cérebro ficar muito tempo sem oxigênio, sequelas foram inevitáveis. Durante 60 dias o pequeno se recuperou na UTI e foi para casa em estado vegetativo. A partir daí os pais iniciaram uma maratona em vários especialistas. Desenganados, muitos disseram que Iran não iria sobreviver.

Quando o garoto tinha 7 meses, o neurocirurgião Adolfo Teixeira se propôs a realizar uma cirurgia no cérebro, gratuitamente, já que os pais não tinham dinheiro para custear as despesas. Graças ao procedimento Iran saiu do estado vegetativo e passou a ter uma vida normal, dentro de limitações. Atualmente o pequeno não fala e não tem movimento nas pernas. “Para quem foi dado sem esperança de vida, meu filho hoje faz quase tudo sozinho”, comemora a mãe Leni.

Os problemas enfrentados por Iran são consequências de uma parte do cérebro que apresenta problema. Na medicina brasileira, americana e europeia, segundo a mãe, não há tratamento que possa levar o filho à cura. São feitos apenas procedimentos para manter a atual saúde do menino, de forma que nada regrida. Iran faz fisioterapia, hidroterapia, acupuntura, faz tratamento com fonoaudiólogo e frequenta a escola, normalmente. O garoto ainda foi diagnosticado com autismo.

Esperança

Lene e o marido Rogério acreditam que o filho pode se recuperar. Depois de tudo que a criança enfrentou, eles têm fé em ver Iran andando com as próprias pernas, bem como falar. “Se existe um tratamento para melhorar a qualidade de vida, mesmo que do outro lado do mundo, eu tenho que oferecer ao meu filho”, afirma a mãe, que descobriu num hospital de Bangkok, na Tailândia, a esperança. Trata-se de um procedimento considerado rápido, através de uma cirurgia com células-tronco extraída de cordão umbilical de recém nascidos e introduzidas em Iran. “Fiz exame e foi constatado que sou compatível com Iran e de mim também extrairia células-tronco”, explica a mãe. Ela mantém contato com o hospital da Tailândia, enviou todos os exames e o filho foi aceito para passar pela cirurgia.

Lene fez um levantamento de custos com o tratamento, hospedagem, passagem e permanência da família durante 30 dias necessário na Tailândia. Estima-se despesas de R$ 160 mil. Posteriormente, Iran seria acompanhado pelos médicos através de videoconferência e exames feitos no Brasil e encaminhados a Bangkok.
No entanto, para que Iran tenha sucesso no procedimento é necessário que ele faça a cirurgia até 3 anos – o garoto já tem 2 anos e sete meses. Depois dessa idade as chances das células-tronco doadas serem aceitas pelo organismo caem drasticamente e o sucesso do procedimento também é bem menor.

Como ajudar

A mãe dispõe de uma conta corrente em seu nome (Lene Assunção Anderson) para interessados em ajudar o pequeno Iran: CC 79095-8, agência 391-3, Banco do Brasil. Em uma semana de campanha em rede social ela conseguiu arrecadar R$ 10 mil. Sensibilizados com a causa, equipe Low Brolhers (som automotivo e carros rebaixados) se empenhou a ajudar a família. Está sendo vendido uma rifa no valor de R$ 5, com sorteio de um celular na primeira quinzena de setembro. A DMA Eventos também se dispôs a ajudar. Dias 6 e 7 se setembro haverá em Itaporã, ao lado do ginásio municipal, o Encontro Moto Show, e a renda será revertida ao tratamento de Iran.

Lene também vende camisetas de super-heróis, de todos os tamanhos. Infantil custa R$ 30 e adulto R$ 40. Interessados podem ligar para ela, no telefone 9967-7219. A família está aberta a ajuda em que possa levar Iran para tratamento na Tailândia. Eles residem na rua Campos Leite Filho, 195, bairro Cohab II, em Dourados.

Casal Lene e Rogério com o filho Iran

Iran passou por cirurgia de crânio quando tinha 7 mesesFoto: Arquivo familiar

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