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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Banco de leite do HU recebe classificação ouro pelo 2º ano consecutivo

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12/11/2015 16h54 – Atualizado em 12/11/2015 16h54

O Banco de Leite Humano Hilda Bergo Duarte, do Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), foi credenciado no Programa Iberoamericano de Bancos de Leite Humano, alcançando classificação na Categoria A – Ouro, pelo segundo ano consecutivo. Desta vez, o Banco de Leite obteve pontuação máxima, atendendo em plenitude todos os critérios estabelecidos pelo Centro de Referência Nacional da Rede Brasileira de Banco de Leite Humano.

“No ano passado também tivemos classificação Ouro, mas nossa pontuação ficou em 98 por conta da qualificação da equipe. Este ano, como todos os integrantes concluíram a capacitação exigida, chegamos aos 103 pontos”, relata a nutricionista Rita de Cássia Dorácio Mendes, responsável pelo Banco de Leite Humano do HU-UFGD. Integram a equipe um médico, uma nutricionista, uma farmacêutica, uma enfermeira, dois técnicos em Enfermagem e cinco auxiliares.

Em 2015, 196 bancos de leite humano de todo o país foram indicados pelos estados para o credenciamento no Programa. Desse total, 175 foram credenciados. Para credenciar e classificar os bancos de leite, o Programa analisa informações referentes aos cadastros das instituições mantenedoras e do banco de leite, recursos humanos, equipamentos e itens indispensáveis, além dos dados mensais de produção.

Números

O relatório de produção do Banco de Leite do HU-UFGD revela que, entre julho de 2014 e junho de 2015, foram realizados 4.321 atendimentos individuais, 238 atendimentos em grupo e 2.052 visitas domiciliares. Nesse período, houve 1.706 doadoras e uma coleta total de 1.581,9 litros de leite humano, que beneficiou 860 bebês.

O Banco de Leite do HU-UFGD atende preferencialmente recém-nascidos e bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). A prioridade são os bebês em risco, ou seja, aqueles que pesam menos de 1,5 kg. O leite vem das doadoras internas, que são as próprias mães, e de doadoras externas, aquelas que têm excedente para doação.

A coleta do leite das doadoras externas é feita em parceria com o Corpo de Bombeiros de Dourados e com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Mais informações e orientações podem ser obtidas pelo telefone do Banco de Leite Humano do HU-UFGD: (67) 3410-3002.

História

O Banco de Leite Humano Hilda Bergo Duarte foi inaugurado no dia 20 de dezembro de 2006. Foi idealizado pelo obstetra Antônio Marinho Falcão Neto, quando a administração da Maternidade e da UTI Neonatal era responsabilidade do Hospital Evangélico.

Porém, só em fevereiro de 2008, já sob gestão do Município, tiveram início as atividades assistenciais, de apoio e incentivo ao aleitamento materno, funcionamento da sala de ordenha e distribuição de leite humano ordenhado cru no então Hospital da Mulher.

Em dezembro de 2008, ocorreu a ativação dos setores de lavagem, esterilização, laboratório de pasteurização, laboratório de microbiologia, área de armazenamento e estocagem e recepção com estrutura no então Hospital do Trauma. Em fevereiro de 2009, iniciou-se a coleta externa, a visita domiciliar e o processo de pasteurização e distribuição de leite humano ordenhado pasteurizado.

Em janeiro de 2011, o serviço passou a ser administrado pelo HU-UFGD e, em agosto de 2014, foram inauguradas as novas instalações, permitindo que todo o processo, da ordenha à pasteurização, armazenamento e distribuição, fosse centralizado no mesmo local.

Tecnologia 100% brasileira

De acordo com informações divulgadas pelo site das Nações Unidas no Brasil (ONUBr), em 1985, o Brasil possuía três bancos de leite humano e era totalmente dependente de tecnologias que vinham da Europa e dos Estados Unidos. O custo para implementar um projeto de arrecadação de leite no país era extremamente alto e, por isso, muitas vezes, inviável.

Ao investir em pesquisas da área, a Fiocruz conseguiu substituir os produtos importados por nacionais, com equipamentos de baixo custo e que apresentavam a mesma eficiência. Só nos frascos importados dos EUA, a economia foi de 75%. Os equipamentos de pasteurização se tornaram muito mais acessíveis quando caíram de 25 mil dólares para 1 mil dólar a unidade, a qual passou a ser produzida em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

Dessa forma, o Brasil iniciou um processo de expansão dos bancos de leite humano para todos os estados do país. Em 2001, durante 54ª Assembleia Mundial de Saúde, a iniciativa brasileira recebeu um prêmio internacional, o que fez com que o modelo de banco de leite humano brasileiro se tornasse referência internacional.

A partir de então, projetos de cooperação com países da América Latina e, posteriormente, da Europa e da África, levaram a experiência brasileira a 23 países. O Programa Iberoamericano de Bancos de Leite Humano é integrado por onze países: Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Costa Rica, Espanha, Panamá, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela. Atualmente, o Brasil conta com 213 bancos de leite humano espalhados por todo o território nacional que, entre 2009 e 2014, atenderam mais de 12,4 milhões de mulheres.​

Banco de Leite Humano do HU-UFGD obteve pontuação máxima

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