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quinta-feira, 25 de abril de 2024

CCZ faz ‘pente fino’ contra chikungunya, dengue, leishmania e caramujo

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28/11/2014 08h52

Neste sábado, na praça Antônio João, o CCZ vai fazer exame de sangue em cães para detectar infestação pelo protozoário leishmania

Dourados registra oito casos de leishmaniose visceral em pessoas (todas já curadas) – é a forma mais grave; também investiga três notificações de febre chikungunya, que tem sintomas semelhantes aos da dengue

fotos – Cido Costa/Douradosagora

Maria Lucia Tolouei

Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e Exército foram a campo, hoje em Dourados, em ação ostensiva de combate à febre chikungunya e a dengue. O alvo é a região do Grande Flórida, que engloba um conglomerado de bairros e vilas, com muita águas e focos do mosquito Aedes aegypti, que é o vetor transmissor da febre chikungunya e da dengue. O Douradosagora acompanha os trabalhos.

Dourados tem quatro grandes desafios pela frente, com a temporada de calor e chuvas esporádicas, o controle da chikungunya, dengue, leishmaniose e a infestação de caramujos que eventualmente podem transmitir doenças neurológicas, entre outras.

Segundo o supervisor de área do CCZ, Nilton Silva Figueiredo, com o registro este ano de oito casos (*) de leishmaniose visceral em pessoas, que já foram curadas, todo cuidado é pouco.

Como o depósito do protozoário leishmania é o cachorro, a Saúde vai disponibilizar, na manhã deste sábado, exames gratuitos para os animais, na Praça Antônio João, centro de Dourados. “Basta levar o cão lá, onde será colhido o sangue. O exame fica pronto em 15 minutos”, diz Nilton Figueiredo. O animal contaminado pela leishmania, se picado pelo mosquito Flebótomo – que se prolifera em meio a matéria orgânica – inicia vários ciclos de infestação entre os humanos.

Quanto à dengue, Dourados registra este ano 33 casos positivos num universo de 173 notificações. O total é bem menor que no ano passado (2.044 notificações e 1.791 positivos) quando houve surtos de dengue mas, em Dourados, com números irrisórios se comparados ao resto do Estado.

Com relação à febre chikungunya, até agora o município registra três casos suspeitos (notificados). Um suposto quarto caso foi descartado, segundo a coordenadora do CCZ, Rosana Alexandre da Silva. Os três pacientes com sintomas da virose que se assemelha à dengue são moradores no Jardim Maracanã, Piratininga e Vila Santa Catarina que fica na região das vilas Vieira e Industrial. Os laudos ainda não foram emitidos pelo laboratório especializado, na Capital.

Evitar as viroses transmitidas pelos mosquitos requer, antes de tudo, colaboração da população em eliminar potenciais criadouros do inseto. Os vetores se proliferam em qualquer recipiente, tampas, latas, pneus, latrinas, bandejas de geladeira, cacos de vidro nos muros, caixas d´água destampadas, piscinas sem manutenção, vasilhas onde cães e galinhas bebem água, entre outros. No primeiro contato com água limpa ou suja, os ovos depositados pela fêmea do Aedes aegypti eclodem. Os insetos com pouco mais de uma semana estão aptos a voar e, se picam alguém infectado com os vírus, podem iniciar ciclos de infestação.

A febre tem sintomas semelhantes da dengue (febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço). A proliferação dos vírus acontece nas articulações dos pacientes, no caso da chikungunya vem de forma mais severa, com vermelhidão, inchaço e ardência.

A dengue provoca sintomas que podem durar até três meses. No caso da febre chikungunya, isso pode levar mais de um ano, devido aos impactos sobre os membros superiores e inferiores, obrigando o paciente procurar ajuda, após o período crítico, junto a profissionais da fisioterapia, para recuperar os movimentos normais.

O CCZ orienta que, ao menor sintoma, o paciente deve ser encaminhado a um posto. “O melhor tratamento é na unidade de Saúde, que poderá orientar inclusive pessoas com doenças crônicas e que não podem tomar qualquer medicamento”, alerta a coordenadora do CCZ, Rosana Alexandre da Silva.

Caramujos

O país todo enfrenta, também, infestação de caramujo. Em Dourados, o bicho está em toda parte, grama, muros e invadem até as casas, eventualmente. A orientação do CCZ é coletar o caramujo, com as mãos protegidas com luvas, colocar numa lata afastada da casa e incinerar. É a maneira mais segura de eliminar o problema.

Muitas pessoas estão colocando os caramujos imersos em sal, dentro de um saco plástico, e depois jogam no lixo. Mas a medida não é eficaz e, segundo o supervisor de área do CCZ, Nilton Silva Figueiredo, isso apenas transfere o problema de um lugar para outro.

Serviço

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) disponibiliza equipes para trabalhos de campo e orientar a população. Mais informações pelo telefone: (67) 3411.7753.

(*)Os casos de leishmaniose visceral em pessoas ocorreram no Jardim dos Estados, Vila Valderez, Jardim Independência, Santa Maria, Altos do Indaiá, Vista Alegre – imediações do Jardim Rasslem, Jardim Cuiabazinho e região da Vila São Braz.

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