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terça-feira, 23 de abril de 2024

Chuva e calor multiplicam risco de chikungunya; Dourados registra 3 casos

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26/11/2014 08h32

CCZ registra 3 notificações de chikungunya em Dourados e mobiliza população para combater focos

O vetor transmissor da febre, que é o mesmo da dengue – o Aedes aegypti – se multiplica a partir de agora com as condições climáticas favoráveis de chuva e altas temperaturas

Maria Lucia Tolouei

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) registra três notificações de febre chikungunya no município de Dourados. Um suposto quarto caso foi descartado, segundo a coordenadora do CCZ, Rosana Alexandre da Silva. Os três pacientes com sintomas da virose que se assemelha à dengue são moradores no Jardim Maracanã, Piratininga e Vila Santa Catarina que fica na região das vilas Vieira e Industrial. Os laudos ainda não foram emitidos pelo laboratório especializado, na Capital.

Segundo a coordenadora, neste momento não é o número de notificações que importa [chegou a ser veiculado que seriam 4] mas, sim, a mobilização dos moradores de toda cidade que precisam colaborar limpando os quintais já que o vetor transmissor da febre, que é o mesmo da dengue – o Aedes aegypti – se multiplica a partir de agora com as condições climáticas favoráveis de chuva e altas temperaturas.

Evitar as viroses transmitidas pelos mosquitos requer, antes de tudo, colaboração da população em eliminar potenciais criadouros do inseto. Os vetores se proliferam em qualquer recipiente, tampas, latas, pneus, latrinas, bandejas de geladeira, cacos de vidro nos muros, caixas d´água destampadas, piscinas sem manutenção, vasilhas onde cães e galinhas bebem água, entre outros. No primeiro contato com água limpa ou suja, os ovos depositados pela fêmea do Aedes eclodem. Os insetos com pouco mais de uma semana estão aptos a voar e, se picam alguém infectado com os vírus, podem iniciar ciclos de infestação.

A febre tem sintomas semelhantes da dengue (febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço). A proliferação dos vírus acontece nas articulações dos pacientes, no caso da chikungunya vem de forma mais severa, com vermelhidão, inchaço e ardência. A dengue provoca sintomas que podem durar até três meses. No caso da febre chikungunya, isso pode levar mais de um ano, devido aos impactos sobre os membros superiores e inferiores, obrigando o paciente procurar ajuda, após o período crítico, junto a profissionais da fisioterapia, para recuperar os movimentos normais.

O CCZ orienta que, ao menor sintoma, o paciente deve ser encaminhado a um posto. “O melhor tratamento é na unidade de Saúde, que poderá orientar inclusive pessoas com doenças crônicas e que não podem tomar qualquer medicamento”, alerta Rosana Alexandre da Silva.

Segundo ela, em Dourados, a dengue está sob controle, até o momento, devido às sistemáticas campanhas desencadeadas pela Vigilância em Saúde. São 33 casos positivos, este ano, entre um universo de 173 notificações registradas de janeiro até agora. O total é bem menor que no ano passado (2.044 notificações e 1.791 positivos) quando houve surtos de dengue mas, em Dourados, com números irrisórios se comparados ao resto do Estado.

Conforme noticiado pelo Douradosagora, o município enfrenta um tríplice desafio – controle da dengue, febre chikungunya e também a leishmaniose que este ano acometeu oito pessoas com a forma mais grave, a visceral. A doença é transmitida pelo mosquito Flebótomo que pica o cão infectado pelo protozoário do gênero Leishmania. O vetor se prolifera em materiais orgânicos em decomposição.

A coordenadora do CCZ conta que os oito pacientes recebem tratamento adequado e foram curados. Os casos ocorreram no Jardim dos Estados, Vila Valderez, Jardim Independência, Santa Maria, Altos do Indaiá, Vista Alegre – imediações do Jardim Rasslem, Jardim Cuiabazinho e região da Vila São Braz.

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) disponibiliza equipes para trabalhos de campo e orientar a população. Mais informações pelo telefone: (67) 3411.7753.

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