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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Cineasta Celso Marques volta à cena com “Além do Sonho”

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11/03/2015 09h34 – Atualizado em 11/03/2015 09h34

Maria Lucia Tolouei

O cineasta autodidata, Celso Marques, volta à cena com a película “Além do Sonho”. Segundo o produtor, diretor e ator sul-mato-grossense natural de Antônio João, o filme é uma releitura da primeira obra, “O Regenerado”, que conta história inspirada na saga da família Marques.

A trajetória começa na cidade de Peruíbe (SP) onde o protagonista foi parar nas ruas, vítima do alcoolismo. Depois vem a superação e a retomada da vida em família e sociedade. O retorno para o Mato Grosso do Sul rendeu ao então construtor a oportunidade de uma novos horizontes, após já ter rodado o primeiro trabalho, ainda no interior paulista.

Já em Dourados, Celso Marques rodou “O Enforcamento”, “Caçada do Gato Billi”, “O Garimpeiro de Ilusão”, “A Guardiã”, “Vida Liberta”, “O Poço” e “O Traficante”. Total de oito média-metragens produzidas por Celso que montou o elenco com pessoas da própria família, entre outros amigos e colaboradores.

Celso Marques agora investe na produção do filme “Além do Sonho”, que tem lançamento marcado para o final de março deste ano na cidade de Pedro de Toledo, no Vale do Ribeira (SP), onde o cineasta tem um propriedade rural. Ele nunca teve patrocínio e fez tudo ‘na raça’, como costuma dizer.

O novo filme tem cenas gravadas nos últimos anos, em Mato Grosso do Sul, e conta uma história de superação que teve como palco o modo de vida sul-mato-grossense. É um filme simples que mostra um pouco da cultura local, com marcas profundas da sociedade douradense, diz.

Com ele já disse antes, “é vida real, sem retoques”. O sul-mato-grossense que não tem medo de errar afirma com todas as letras: não gosta da palavra sonho. “Nunca foi homem de sonhar com nada. Eu realizo”.

FILMES

O Regenerado, filmado em São Paulo no ano de 2005, abriu a carreira do cinegrafista. Trata-se da saga de um mendigo alcoólatra que venceu a doença e tornou-se escritor. O filme de média metragem, com 40 minutos, ficou entre os 20 aprovados para a 4ª edição do Festival de Curtas de Santos. Tentou emplacar no Mapa Cultural Paulista, “uma espécie de FIP daqui [MS]”, salienta. Competiu com outro mas perdeu.

O curta “A caçada ao gato Billi”, de 2008, produzido na terra natal, Antônio João, é uma sátira da situação política do Brasil, define o cineasta. A idéia era denunciar favorecidos pelo programa “Bolsa Família” que não precisavam da ajuda. O personagem ‘gato’ seria uma ‘figura de linguagem’ que remete à esperteza dos que recebiam benefício criado para os pobres.

“O gato Billi ganhava a ‘bolsa’, como gente… O filme é um grande emaranhado de enrolação, difícil de compreender”, comenta. O ator-diretor conta que precisou de muita ousadia para produzir este curta. “Tudo isto foi possível graças à coragem de poucos e verdadeiros amigos… não tenho como pagar”, pondera mirando o infinito. Certamente deve estar bolando outra peripécia para colocar na tela.

Na sequência das produções, no ano de 2009, Celso Marques roda em Dourados “O enforcamento”, com foco na problemática indígena, as mortes não esclarecidas nas aldeias Jaguapiru e Bororó, que abrigam mais de 15 mil indígenas guaranis, caiuás e guaranis em pouco mais de 3,6 mil hectares cortados pela rodovia de acesso para Itaporã. “Foi uma sátira do filme “Terra Vermelha”, diz Celso Marques.

Ainda em Dourados, em 2010, ele produziu o documentário “A Guardiã” que apresenta a trajetória da escritora Heleninha Izidoro, “a poetisa das ilusões”, que assina obras como “A Usina Velha”.

O filme “Garimpeiro de Ilusão”, filmando em 2010, conta a história de um pai de família interessado em enriquecer e que acabou bem. Já, “Vida Liberta” mostra o dia a dia de um caçador que transitou entre indígenas e literatos.

“O Poço” (2012) fala do sujeito que, para fugir da violência urbana, encontrou a morte na zona rural. O média metragem “O Traficante” (2014) é um filme que explora a violência urbana. O protagonista, que vivia da contravenção, acaba morto porque se redimiu da vida bandida, conta Celso Marque que se orgulha do registro em Carteira de Trabalho, onde se vê o carimbo de diretor cinematográfico, ator, roteirista e editor de áudio.

Cineasta Celso Marques volta à cena com "Além do Sonho"

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