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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Com risco de rebeliões, agentes pedem intervenção nos presídios

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14/04/2015 07h26 – Atualizado em 14/04/2015 07h26

Com risco de rebeliões, agentes pedem intervenção nos presídio de MS

A solicitação ao governo do Estado foi motivada após ameaças de rebeliões, além da morte de um agente e recentes casos de agressões.

Valéria Araújo

Agentes penitenciários de Mato Grosso do Sul estão solicitando a criação do Grupo de Intervenção e Gerenciamento de Crise nos presídios. O objetivo é garantir segurança para que os profissionais possam realizar os trabalhos de rotina. A solicitação ao governo do Estado foi motivada após ameaças de rebeliões, além da morte de um agente e recentes casos de agressões.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Penitenciária de Mato Grosso do Sul (Sinsap), André Santiago, a ideia é fazer com que os agentes passem por cursos preparatórios e ganhem autonomia em todos os serviços do presídio, seja nas torres de segurança e na custódia, ou seja, dentro e fora do presídio. Depois desse cursos, os agentes também seriam treinados para utilizar armas fora do presídio e materiais de segurança pessoal. “Seriam vários procedimentos de segurança para evitar e controlar eventuais crises dentro dos presídios”, destaca.

Segundo Santiago, a sociedade só tem a ganhar com as mudanças. “Hoje há servidores especializados em gestão e gerenciamento de crises com mestrado e doutorado. Este elevado grau de especialidade reflete diretamente no serviço oferecido para a população e indica que estamos no caminho certo, não podendo retroceder. O conjunto de informações teóricas e práticas da rotina diária e os conhecimentos dos diversos perfis de criminosos fundamentem nosso desejo”, explica.

O presidente também defende a autonomia da Agepen em coordenar ações de segurança e o reforço nos serviços de guarda e da Polícia Militar, como maneira de aumentar a segurança nos presídios.

CRISE

Pelo menos um agente penitenciário ficou ferido durante princípio de motim no Presídio Estadual de Dourados no último dia 3. De acordo com informações do sindicato, o fato o ocorreu durante o atendimento a um paciente. Dois detentos que levaram a pessoa doente até o serviço médico no interior do presídio se recusava a voltar para a cela, até que outros presos fossem no local para ajudar a carregar o detento enfermo até lá.

Por questões de segurança não foi concedido o pedido. Detentos teriam utilizado pedaços de concreto, extraídos das camas e atacado os agentes, sendo que um deles ficou ferido. O caso está sendo investigado.

Os pedidos estão em fase de negociação com o Estado. André diz que os agentes estão trabalhando de forma desumana e arriscando a vida diariamente com os motins e superlotação. De acordo com o Sindicato, o ideal seria que MS tivesse 10,6 mil agentes, o que garantiria para cada um dos quatro plantões diários 2.662 agentes para cuidar dos 13,5 mil presos no Estado por período. No entanto, o MS conta apenas com um total de 968 agentes de segurança e custódia.

O objetivo é garantir segurança para que os profissionais possam realizar os trabalhos de rotina.

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