27/02/2015 07h14 – Atualizado em 27/02/2015 07h14
Flávio Verão
O comércio e a indústria em Dourados dão apoio ao manifesto dos caminhoneiros que tem como principal bandeira a redução do diesel. Como forma de prestigiar o manifesto nacional, a Associação Comercial em Empresarial (Aced) pede que empresários fechem os estabelecimentos da região central das 14h às 15h e coloque os funcionários na frente das empresas. Pouco mais de 40 caminhões farão carreata nesse horário na região central.
A ideia de fechar o comércio por uma hora foi tomada ontem no final da manhã durante reunião entre várias entidades classistas na Aced, com o presidente Antônio Nogueira. “Queremos mostrar que o governo precisa de uma política séria para o nosso país, não podemos continuar da forma que está”, disse Nogueira.
Participaram da reunião representantes do Sindicato do Comércio Atacadista e Varejista (Sindicom), da Câmara de Dirigentes e Logistas (CDL), Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Acomac), Sindicato do Comércio de Combustíveis (Sinpetro), Sindicato Rural, MS Peixe, e classe representativa dos corretores de imóveis.
Ficou decidido que os caminhoneiros farão concentração no Trevo da Bandeira e de lá seguirão para o centro da cidade em buzinaço e carro de som. A polícia fará escolta. Dourados já começou a sofrer impacto da paralisação. O setor mais atingido é o hortifruti, embora mercados e postos de combustíveis já começaram a sofrer.
Segundo Nogueira, é preciso que os governantes repensem a política brasileira. No Estado, por exemplo, ele cita o exemplo do imposto ICMS antecipado, onde o empresário tem que pagar o tributo antes de receber a mercadoria. Esse mesmo imposto gera impacto no diesel. Enquanto em São Paulo é de 12%, em Mato Grosso do Sul é de 17%.
