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sexta-feira, 29 de março de 2024

Comissão tenta evitar fechamento do Evangélico com dívidas de R$ 40 milhões

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30/07/2014 07h03 – Atualizado em 30/07/2014 07h03

Comissão tenta evitar fechamento do Evangélico com dívidas de R$ 40 milhõesr

Comissão de Mobilização e Apoio ao Hospital Evangélico, formada por funcionários do HE se organiza e prepara um ato público para esta quinta-feira, às 13h, em frente à unidade hospitalar para chamar a atenção do poder público

Valéria Araújo

Com dívidas de R$ 40 milhões, o Hospital Evangélico de Dourados, mantenedor do Hospital da Vida, pode fechar as portas. Comissão de Mobilização e Apoio ao Hospital Evangélico, formada por funcionários do HE se organiza e prepara um ato público para esta quinta-feira, às 13h, em frente à unidade hospitalar para chamar a atenção do poder público

Conforme noticiado pelo Douradosagora, a informação foi repassada ontem pela Comissão de Mobilização e Apoio ao Hospital Evangélico, formada por funcionários do HE. O grupo reivindica que o Estado e a Prefeitura aumentem os repasses para custear os serviços que o Hospital presta à população de Dourados e a outros 34 municípios pelo Sistema Único de Saúde. Segundo a comissão, enquanto o HE recebe de receita em torno de R$ 5,5 milhões tem de despesas o valor de R$ 6,6 milhões; um déficit de R$ 1,1 milhão em repasses por mês para os atendimentos e serviços prestados aos pacientes da Grande Dourados.

Ontem, durante coletiva com a imprensa, o membro da Comissão, Demétrios Pareja, explicou que esta é a pior crise enfrentada pelo HE nos 25 anos de criação. Conforme ele se no máximo em 60 dias, o Estado e o Município não revisarem o valor dos repasses poderá ter inviabilizado a prestação de serviços. Isto porque com dívida de banco e fornecedores, o HE já não consegue financiamentos e compras a prazo e por isto os funcionários temem que o Hospital não consiga se abastecer. A dívida de curto prazo é de cerca de R$ 10 milhões e cheques já estariam sendo devolvidos.

Conforme os servidores, apesar da folha ser paga em dia, os encargos sociais, como fundo de garantia, INSS, e demais obrigações trabalhistas estão atrasados e eles temem atrasos no salário. Dos R$ 5,5 milhões que recebe de repasses, R$ 1 milhão é para o pagamento dos funcionários do HE e Hospital da Vida.

Hospital da Vida

Demétrios explica que mesmo com o fato do Hospital da Vida passar a ser administrado pela Prefeitura a partir de 31 de agosto deste ano, os déficits vão continuar preocupando. Isto porque o HE vai continuar tendo apenas a União para custear os serviços de alta complexidade, aqueles que exigem maiores investimentos como as especialidades de hemodiálise, oncologia e cardiologia. Demétrios acredita que mesmo com a saída do HV das despesas ainda terá um déficit de R$ 1 milhão. “A Prefeitura não tem como implantar este serviço em curto prazo e o HE não tem condições de mantê-lo com estes valores que são repassados ao hospital”, destaca.

Ele diz que é injusto o fato do Estado ter uma receita de R$ 70 milhões por mês e enviar para Dourados apenas R$ 1,6 milhão, enquanto que Campo Grande recebe sozinha R$ 40 milhões.

Conforme ele, nos últimos 10 anos a tabela do SUS não foi atualizada enquanto o custo para manter os serviços aumenta ano a ano. Demétrios diz que os funcionários descartam a hipótese de mau gerenciamento dos recursos e que confiam plenamente na administração que é a mesma há 10 anos.

Enquanto o Estado afirma que o município tem gestão plena e recebe a mais para custear os serviços da Saúde, a Prefeitura alega que Dourados vem trabalhando para aumentar os investimentos por parte da União e do Estado para a Saúde Pública. Segundo o Secretário de Saúde Sebastião Nogueira, Dourados tem um déficit de R$ 13 milhões por ano na Saúde Pública que vem arcando. Com isso, a pasta já atinge um total de 23% do total de gastos do município, quando a Legislação determina um mínimo 15%.

Comissão de Mobilização e Apoio ao Hospital Evangélico, formada por funcionários do HE em coletiva à imprensa ontemfoto - Marcos Ribeiro

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