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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Crise na agecold obriga MP convocar setores separar lixo

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27/08/2015 06h50 – Atualizado em 27/08/2015 06h50

Crise na agecold obriga MP a convocar empresários para separar lixo

Valéria Araújo

A crise da Associação de Agentes Ecológicos de Dourados (Agecold) que ameaça fechar as portas da entidade, pode fazer com que empresários de Dourados tenham que separar o lixo reciclável.

A medida, defendida pelo Ministério Público Estadual pode inclusive ampliar a coleta seletiva de Dourados que hoje ocorre em 18 dos mais de 400 bairros. Isto porque, se houver consenso entre a classe empresarial, a Secretaria de Serviços Urbanos de Dourados, diz que analisará uma forma de atender o novo público.

A iniciativa teria por objetivo “salvar” a Agecold que por falta de materiais recicláveis, catadores e incentivo registrou queda na produção de recicláveis e enfrenta crise para conseguir se manter. Para encontrar saídas para este problema, uma audiência pública acontecerá no próximo dia 24 na Câmara Municipal.

Na manhã de ontem o promotor de Justiça Ricardo Rottuno se reuniu com empresários na Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced) e alertou sobre a importância da conscientização quanto ao descarte de resíduos sólidos pelo segmento empresarial.

Além da classe empresarial, a abordagem deste assunto também inclui os cidadãos em geral, indústrias e até mesmo o poder público. “Precisamos despertar a consciência de que esta responsabilidade é compartilhada. O descarte correto precisa ser inserido na vida do produto por meio de ações concretas”, argumentou o promotor.

Segundo a promotoria os trabalhos não têm caráter punitivo nem de investigação. Conforme o promotor, o objetivo é despertar a consciência sobre a destinação e apresentar a promotoria como um ‘braço de parceria’ para viabilizar a reciclagem de forma efetiva e com menor custo.

O secretário de Serviços Urbanos da Prefeitura de Dourados, Marcio Katayama acredita que a audiência do dia 24 será muito importante para alinhar as idéias apresentadas. Ele diz que ficará a cargo da Aced a verificação dos pontos que deverão ser atendidos pela Coleta Seletiva. “Depois de definidos estes locais estudaremos uma forma de atender ampliando a coleta”, destaca. “A Prefeitura está trabalhando em parceria com o Ministério Público Estadual e com a Aced para tornar a Agecold alto sustentável novamente”, complementa.

Associação dos Catadores

A Agecold que já contou com mais de 80 catadores, gerando emprego e renda, agora conta com apenas 12. A produção também está em decadência: de 45 toneladas por mês passou a 18 toneladas. A baixa na produção faz com que a Associação não consiga mais revender diretamente para as indústrias, que mantém cota mínima.

A presidente da Associação, Maria Lucia Coutinho, explicou recentemente que hoje o município investe cerca de R$ 10 mil para manter o prédio da associação em funcionamento mas teme que, pela baixa quantidade de catadores inseridos no Programa, estes valores sejam suspensos. Outra situação grave, segundo ela, é a falta de catadores, que preferem levar a vida na informalidade para conseguir dinheiro rápido, mesmo que pouco. “Alguns são explorados por pequenos atravessadores que pagam um valor bem abaixo do mercado. Entregam o material por qualquer R$ 5, pagos na hora, para manter alguns vícios como drogas. Na associação, o catador poderia estar recebendo mensalmente um valor digno pelo trabalho além de estar regularizado”, disse.

Incentivos

A presidente da Agecold, Maria Lucia Coutinho diz que a associação precisa de incentivos. Segundo ela, a ampliação da área de coleta seletiva e a conscientização da população poderia incentivar este trabalho, que protege o meio ambiente de Dourados.

“Ampliando a coleta, o nosso barracão e o número de catadores poderíamos produzir muito mais, livrando nossos aterros de Dourados de tanto lixo que, na mão do trabalhador pode virar renda, além de proteger o Meio Ambiente”, destaca. A presidente apela para a população que quiser doar materiais recicláveis, para procurar a Agecold ou o posto de coleta que fica no estacionamento do Mercado Extra.

A catadora Luciana Morel lamenta que a Associação esteja enfrentando crise e diz que quase não compensa financeiramente manter a profissão tendo em vista os altos custos. “Só de gasolina, gastamos mais de R$ 900 por mês”, avali

Crise na agecold obriga MP convocar setores separar lixo

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