07/08/2014 10h24 – Atualizado em 07/08/2014 10h24
De janeiro a junho de 2014 passaram pelo Centro Viva Mulher 237 mulheres; outros 123 acompanhamentos são feitos
Luiz Radai
No dia em que a Lei Maria da Penha completa 8 anos de existência, os dados de atendimentos às mulheres vítimas de violência em Dourados mostram que as pessoas têm buscado os direitos. Segundo a Secretaria de Assistência Social, de janeiro a junho de 2014 passaram pelo Centro de Atendimento Viva Mulher, 237 mulheres e neste ano 47 novos casos foram registrados, além de 123 acompanhamentos que são feitos.
Segundo a assessora técnica da Coordenadoria de Políticas Públicas para a Mulher, Elisa de Oliveira Kuhn, estes atendimentos no Viva Mulher, em geral, são para mulheres que tem sofrido ameaças e buscam proteção, mas querem dizer também que a violência tem várias vertentes.
Segundo Elisa, o ato de procurar ajuda já representa uma violência psicológica, que pode ser tão grave ou pior que a violência física, e isso precisa cada vez mais de atenção das políticas e dos órgãos envolvidos. “Muitas vezes quando a violência não aparenta fisicamente dificulta a prática da denúncia, e até de receber ajuda”, disse.
A assessora explica que a violência psicológica nunca vem sozinha, e se não é fisicamente prejudicada, muitas vezes a mulher sofre de outras formas, como o caso da violência sexual, mesmo dentro do casamento.
Segundo a Coordenadoria, depois de ações como a que aconteceu na Praça Antõnio João na manhã desta quinta-feira (7), e a respectiva divulgação, sempre ocorre um aumento de denúncias e da procura ao Centro Viva Mulher.
“A lei é boa. Referência mundial e precisa ser introduzida profundamente na sociedade. O homem não é dono da mulher e a violência não leva a nada”, disse Elisa.