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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Empresário douradense está entre os presos da Operação Bumerangue

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25/02/2015 16h58 – Atualizado em 25/02/2015 16h58

Flávio Verão

Entre os presos da Operação Bumerangue desencadeada na manhã desta quarta-feira, um deles é empresário de Dourados. Ao todo, 12 mandatos de prisão foram expedidos contra empresários em Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. Nenhum nome foi divulgado para não atrapalhar as investigações. O que se sabe é que todos os empresários envolvidos são do setor metalúrgico.

Há ainda o envolvimento de dois servidores da Receita Federal em Ponta Porã. Acredita-se que o grupo tenha movimentado mais de R$ 250 milhões. Desse valor R$ 100 milhões somente com sonegação fiscal. Mas a polícia estima que essa cifra seja bem maior, pois há muita investigação a ser feita.

Hoje pela manhã o superintendente regional da Polícia Federal em MS, Edgard Paulo Marcon, o chefe da delegacia da Polícia Federal em Dourados, Leonardo de Souza Machado, o procurador do Ministério Público Federal, Marco Antonio Delfino, e o chefe da Receita Federal em Dourados, José Luiz Adures, deram coletiva à imprensa para explicar sobre o esquema que vinha sendo investigado desde 2012, quando ocorreu denúncia anônima no Ministério Público Estadual.

Conforme o superintendente da PF, Edgard Paulo Marcon, com o início das investigações, foi identificada a existência de um esquema de fornecimento, em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, de produtos siderúrgicos de origem nacional, que eram exportados e depois retornavam sem o recolhimento dos tributos devidos. Muitos desses produtos se quer chegavam a ser enviados à fronteira.

Notas fiscais eram emitidas por estabelecimentos empresariais em Ponta Porã para dar aparência de legalidade ao transporte das mercadorias. “Ainda não sabemos do trabalho individualizado de cada um dos envolvidos, mas ficou comprovado que empresas da fronteira compravam materiais que vinham de forma fictícia e através da ação desses dois servidores da Receita as notas eram esquentadas e recebiam a chancela da Receita como se os produtos realmente fossem exportados”, explica Marcon. O forte era a exportação de bobinas de aço, produtos que tinham 40% de isenção de impostos na hora de exportar. Essa porcentagem era embolsada pela quadrilha.

Delegados da Polícia Federal, procurador do MPF e chefe da Receita durante coletiva de imprensa em DouradosFoto: Cido Costa

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