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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Hospital do Câncer suspende medicamentos a partir de hoje

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01/09/2014 07h44 – Atualizado em 01/09/2014 07h44

Hospital do Câncer suspende medicamentos a pacientes a partir de hoje

Hospital alega falta de repasses do HE além de dívidas que chegam a R$ 2 milhões. Crise atinge mais de 1 mil pacientes que são atendidos mensalmente

Valéria Araújo

O Hospital do Câncer de Dourados suspende a partir desta segunda-feira o fornecimento de mais de 10 tipos de medicamentos aos pacientes de Dourados e de outros 34 municípios da macrorregião. A medida é decorrente da crise que se instalou no Hospital, que tem R$ 2 milhões em dívidas.

De acordo com o diretor do hospital, Roberto de Arruda Almeida, o motivo do débito é a falta de repasses do Hospital Evangélico que recebe da Prefeitura para terceirizar o serviço. Os investimentos não estariam chegando no HC desde março deste ano. Para manter os atendimentos a unidade teria realizado empréstimos em vários bancos e não estaria conseguindo honrar os compromissos. Com dívida na “praça” o fornecimento de medicamentos depende do pagamento à vista, o que neste momento o Hospital não consegue fazer.

De acordo com Roberto Almeida, são 200 pacientes na Radioterapia e 360 na quimioterapia e reposição de hormônios que vão ficar sem a medicação. Conforme ele, os valores para o paciente que quiser comprar particular são altíssimos. “Numa ampola o paciente poderá pagar em média 5 mil. trata-se de uma medicação de alto custo, que raramente o paciente terá condições de adquirir. Além disso tem o desgaste emocional. O paciente já está debilitado com a doença e ainda precisa enfrentar o desabastecimento. Este fator acaba agravando ainda mais a doença porque o paciente fica exposto”, destaca.

Conforme o diretor, o Ministério Público Estadual, a Secretaria Estadual de Saúde e o Hospital Evangélico, já foram comunicados sobre o problema.

Prefeitura

O Secretário de Saúde de Dourados Sebastião Nogueira diz que tomou conhecimento do caso e considerou preocupante a situação. Ele disse que a Prefeitura cumpre rigorosamente os pagamentos para o Hospital Evangélico cumprir os serviços. “A única coisa que a Prefeitura pode fazer é se colocar a disposição do Hospital do Câncer para fazer os repasses diretos ao inves de passar pelo HE que não estaria cumprindo o contrato. Basta o HC entrar com um mandato de segurança. Vejo que se o HE não dá conta do serviço é só pedir o descredenciamento”, destaca.

HE

A direção do Hospital Evangélico de Dourados informou à redação que não existe atraso no contrato com o Hospital do Câncer. Segundo a direção, os pagamentos são feitos sempre no mês seguinte da prestação de serviço.

O contrato do Hospital Evangélico com a Prefeitura na gestão do Hospital da Vida vence amanhã (31). No entanto não estaria incluso o serviço de oncologia, cujo contrato também estaria prestes a vencer, o que faria a Prefeitura a abrir licitação para contratar nova empresa.

Dívida

Uma dívida de R$ 7 milhões está gerando crise na Saúde Pública de Dourados. Enquanto o Evangélico cobra este montante do Sistema Único de Saúde (Sus) e da Prefeitura, o Município alega que hospital tem dívidas semelhantes porque teria sido pago para oferecer serviços que deixou de fazer.

O Evangélico diz que, por conta do montante, que não consegue receber, o hospital enfrenta a pior crise nos últimos 25 anos.

Para Roberto de Arruda Almeida, o motivo do débito é a falta de repasses do Hospital Evangélico que estaria desde março sem receber. Foto: Marcos Ribeiro

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