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sexta-feira, 29 de março de 2024

Indústria de papel em ascensão projeta crescer 2% em 2015

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15/12/2014 08h11 – Atualizado em 15/12/2014 08h11

A expectativa do segmento é movimentar algo em torno de R$ 2,48 bilhões no próximo ano

Após registrar bons desempenhos em anos anteriores, as indústrias de celulose e papel de Mato Grosso do Sul fecharam 2014 com faturamento de R$ 2,20 bilhões, uma queda de – 11,29% em relação a 2013, quando o segmento atingiu receita líquida de R$ 2,48 bilhões. No entanto, apesar do resultado negativo, o Sinpacems (Sindicato das Indústrias de Celulose e Papel de Mato Grosso do Sul) trabalha com planejamento de crescer até 2% em 2015, o que elevaria a movimentação do segmento para R$ 2,24 bilhões.

O percentual de crescimento está dentro do que o segmento projeta em nível nacional, já que a estimativa é da ordem de 1,7%, sendo que a produção de celulose e papel também deve ter um ganho de produtividade de 2%. Os dados mais recenes mostram que o Brasil hoje é o 4º maior produtor mundial de celulose, com um volume de 16 milhões de toneladas por ano e em 10º na produção de papel com um volume de 10,4 milhões. “O Estado de Mato Grosso do Sul produz em torno de 17% do total de celulose e de 2% de papel”, detalhou o presidente do Sinpacems, Francisco Valério.

Ele destacou ainda que o Estado já ocupa lugar de destaque no ranking brasileiro de produção de celulose e papel, mas que ainda necessita de um sistema permanente de preparo de mão de obra para as operações de suas indústrias, bem como um sistema logístico mais adaptado às necessidades do segmento, além de uma infraestrutura de negócios melhor implantada e condições tributárias mais satisfatórias. “Todo crescimento industrial depende de diversos fatores. Em nosso segmento, os principais são estabilidade e previsibilidade econômicas, preço internacional dos principais produtos, taxa cambial e, especificamente, demanda e oferta de celulose nos mercados mundiais”, pontuou.

Com 25 indústrias de celulose e papel instaladas e que juntas empregam 3.250 industriários, o segmento tem investimentos previstos para o Estado de Mato Grosso do Sul nos próximos anos, inclusive com as licenças ambientais já foram aprovadas e a engenharia está bastante avançada, segundo o presidente do Sinpacems. Entre esses empreendimentos está a instalação de uma fábrica de celulose no município de Ribas do Rio Pardo, sendo a terceira planta do segmento no Estado, que já conta com a Fibria e Eldorado, ambas em Três Lagoas.

Trata-se da CRPE Holding (Celulose Rio Pardense e Energia), que será instalada próxima à BR-262, a cerca de 100 quilômetros de Campo Grande. O empreendimento deverá produzir 2,2 milhões de toneladas de celulose por ano e cogerar 291 MW (Megawatts) de energia elétrica, sendo consumidos na fábrica 151 MW e o restante de 140 MW excedentes poderão ser comercializados. Também será implantado um ramal ferroviário de dois quilômetros para permitir o escoamento da produção de celulose, que em grande parte será voltada para o mercado externo, e deverá conectar a fábrica com a Ferrovia Ferroeste.

Para a operação da unidade industrial da CRPE, o número de funcionários será de aproximadamente 1,3 mil, entre próprios e terceirizados, enquanto o investimento previsto será de R$ 4 bilhões no projeto. Somente para a construção da fábrica, serão necessários aproximadamente 8 mil trabalhadores no período de pico da obra e montagem. O prazo previsto para a conclusão do empreendimento é de aproximadamente 36 meses, a partir do início das obras.

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