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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Mãe, avó e bisavó, casa da Chiquita é ‘point’ da família

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09/05/2015 17h04 – Atualizado em 09/05/2015 17h04

Flávio Verão

Dona Maria Verônica Lopes Delgado, 84 anos, mais conhecida como ‘Chiquita’ é daquelas mulheres que gosta de ver a família sempre unida. Há décadas o endereço da casa dela, na Rua Onofre Pereira de Matos, centro da cidade, é ponto de encontro dos filhos, netos, bisnetos e agregados. Neste Dia das Mães não será diferente e todos estarão reunidos para um almoço acompanhado de muita música paraguaia.

Nascida na cidade de Bela Vista, Mato Grosso do Sul, dona Chiquita é de família paraguaia e no Brasil apenas nasceu. “Sou paraguaia e mantenho a tradição”, disse ela, que em 1948 veio para Dourados acompanhada dos pais e cinco irmãos. Caçula da família, Chiquita herdou a profissão do pai, ourives, e na companhia dele fabricou jóias por décadas. Todo o trabalho sempre foi artesanal e o serviço feito dentro de casa.

O casamento de Chiquita não foi tão cedo como de costume naquela época. “Papai era linha dura, principalmente comigo que era a mais nova. Fui casar aos 22 anos, no ano de 1955”, conta a matriarca. Alexandre Delgado, 87 anos, é o marido de Chiquita. Em novembro desse ano completam 60 anos de casados. Da união tiveram seis filhos e a família se completa com 12 netos e 7 bisnetos, além de genros, noras e demais agregados.

A história de Chiquita se mistura com o desenvolvimento de Dourados. Quando chegou na cidade, na década de 40, lembra que tudo era muito pequeno, não havia asfalto e nem energia elétrica. “Era tempos bons, pois a tranquilidade reinava em Dourados, diferente de hoje, onde a violência nos assusta”, conta, demostrando preocupação com os familiares.

Os filhos, netos e bisnetos é para ela o maior presente de vida. “A família é tudo para uma pessoa e tenho orgulho de mantê-los perto de mim. Quando estamos juntos é uma festa, uma alegria”, constata Chiquita. O amor de mãe ela transmitiu aos 12 netos e boa parte deles foram criados dentro da casa da avó. Como os filhos trabalhavam, ela ajudou na criação. Com os bisnetos é diferente, pois com a idade cuidar de criança já não é uma tarefa fácil de exercer.

Mas engana-se que é só final de semana que a família está reunida. De segunda a sexta-feira, no horário de almoço, a residência de Chiquita e Seo Alexandre também vive lotada. Como filhos e netos moram em bairros afastados, comer na casa da matriarca torna-se mais prático. Tudo é dividido e quem faz o almoço são as filhas de Chiquita. Francisca e Inácia são as que mais estão por perto, por terem mais tempo, mas os demais filhos, Alberto, Basília, Sônia e Jaqueline também dão apoio.

Por estarem sempre juntos, o Dia das Mães de amanhã não será uma festa diferente. O que não pode faltar, segundo Chiquita, é união e amor entre a família. Alegria e animação é outro incremento que faz todos eles permanecerem mais tempo juntos. Somado a isso tudo não pode faltar a tradicional sopa e chipa paraguaia e a polca.

‘Seo’ Alexandre, com seus 87 anos, ainda dança. Brincalhão é um dos mais animados e sempre procura manter a alegria entre a família. Dona Chiquita, com dificuldades de andar, acompanha tudo de perto e administra as reuniões com os filhos, netos e bisnetos.

Dona Maria Verônica Lopes Delgado, 84 anos, mais conhecida como ‘Chiquita’ reunida com alguns filhos. (Foto: Fatima Frota)

Casal Dona Chiquita , 84 anos, e ‘Seo’ Alexandre , 87 anos. (Foto: Hédio Fazan)

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