27/10/2014 16h15 – Atualizado em 27/10/2014 16h15
Flávio Verão
A falta de profissionais para atuarem no ramo da construção civil em Dourados tem feito muitas empresas recorrerem à mão de obra qualificada em outras cidades e estados. A ‘importação’ de trabalhadores se dá pela falta de trabalhadores aptos a exercerem as funções como pedreiro, encanador, eletricista, carpinteiro bem como pela baixa remuneração paga aos trabalhadores.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil em Dourados, Aline Chaves Ferle, diz que demanda por trabalhadores é muito grande e com a vinda de mais de cinco loteamentos para a cidade faltam profissionais na área e para atender a demanda estão sendo contratado mão de obra fora do município. Por dia, a agência pública de emprego, Ciat, oferece mais de 30 vagas ao setor.
Ela estima que na região há cerca de 20 mil trabalhadores da construção civil, porém a maior parte está na informalidade, trabalhando por conta própria. “A demanda de mão de obra é bem maior que o ritmo de capacitação dos trabalhadores. O que escutamos muito em canteiros de obra é a falta de tempo que os mesmos tem para se qualificar e que muitos dos cursos pedem grau de escolaridade”, diz a presidente, que orienta as grandes empresas a contribuírem com a parte de capacitação nos próprios canteiros de obras.
O número de mulheres na construção civil vem aumentando, segundo ela, em razão de muitas empresas anunciarem vagas exclusivamente para as mulheres. “Desta forma observamos que em relação aos cursos de qualificação, a maioria dos concluintes são as mulheres, fato de que são persistentes e dedicadas, e com essas características ganham ponto na hora da seleção”, diz Aline Ferle.
Com a chegada do fim de ano e décimo terceiro no bolso muitas pessoas optam o dinheiro extra para investir na casa, com reforma, reparos. Devido a escassez de profissionais na área, Aline recomenda procurar um profissional com antecedência, para não correr o risco de ficar sem a tão desejada obra.
