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terça-feira, 23 de abril de 2024

Mostra valoriza cultura e costumes dos povos guarani

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21/05/2015 07h27 – Atualizado em 21/05/2015 07h27

Difundir e valorizar a cultura e os costumes dos povos indígenas faz parte da proposta da Mostra Audiovisual de Dourados (MAD) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) desde o ano passado, com a exibição de “Terra Vermelha”, seguida de debate com atores indígenas do longa-metragem. Este ano, entrando na terceira edição, a MAD traz novamente em sua programação a Mostra Indígena, desta vez com dois filmes produzidos em Mato Grosso do Sul. A entrada é gratuita.

Um deles é “Flor Brilhante e as Cicatrizes da Pedra”, que será exibido amanhã, às 8h, no Teatro Municipal de Dourados. A realização independente e colaborativa foi concebida para dar voz a uma família para contar sua história. O documentário apresenta rezadores guarani-kaiowá e seus descendentes, que, há décadas, têm seus direitos ambientais e humanos violados devido à mineração em suas terras.

Flor Brilhante é a matriarca dessa família, que vive na reserva indígena de Dourados. Cerceada de seu modo de viver originário, a família tenta sobreviver preservando antigos hábitos e conhecimentos de sua cultura. Enquanto isso, convive com os efeitos causados pelas explosões contínuas de uma usina de asfalto, a qual dinamita e explora uma pedra sagrada no território da aldeia há mais de 40 anos.

Com ludicidade, poesia, sentimentos de esperança e indignação, “Flor Brilhante e as Cicatrizes da Pedra” apresenta ao público uma história de seres humanos que, apesar das dificuldades com que vivem há tanto tempo, acreditam na perspectiva de uma nova realidade, contando, sobretudo, com a força de seu povo.

Já a segunda produção a ser exibida às 14h, pela Mostra Indígena, é “Mitã”. O longa aborda o universo da infância com um olhar brincante sobre crianças, educação, espiritualidade, tradição e cultura indígenas, inspirado por Fernando Pessoa, Agostinho da Silva e Lydia Hortélio.

Mitã significa “criança” na língua guarani. A partir do contato da equipe com as comunidades indígenas de Mato Grosso do Sul, que compartilharam suas crenças e formas de ver a infância, surgiu a inspiração para o título do documentário, que retrata este tempo sagrado na vida e na cultura da humanidade.

Originado de uma pesquisa realizada há mais de anos pelos diretores, o documentário também traz imagens feitas em outras regiões do país, como, por exemplo, na Festa do Divino Espírito Santo (Maranhão), onde, seguindo as tradições portuguesas, a criança é coroada imperadora do mundo, simbolizando a esperança em uma nova era que nasce com cada pessoa.

“Mitã” é uma homenagem ao tempo e ao prazer de ser criança e traz, na sua gênese, ideias fortes e inspiradoras sobre como ver e preservar a infância, percebendo o homem, ainda no início da vida, como potencial de transformação para o futuro da humanidade. Outras informações sobre a MAD pelos telefones (67) 3410-2877 / 2875 ou pelo e-mail: [email protected]

Programação da Mostra Indígena

Sexta-feira, dia 22 • Filme: “Flor Brilhante e as Cicatrizes da Pedra” (29 min) • Local: Teatro Municipal. Horário: 8h

Direção: Jade Rainho • Convidada: Fabiane Fernandes.

Filme: “Mitã” • Local: Teatro Municipal. Horário: 14h • Direção: Lia Mattos e Alexandre Basso • Convidados: Lia Mattos e Alexandre Basso.

“Flor Brilhante e as Cicatrizes de Pedra” serviu como instrumento para dar voz à família de rezadores. (Foto: Divulgação)

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