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quinta-feira, 28 de março de 2024

MST/MS bloqueia rodovia BR-262 pela demarcação de terras indígenas

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15/12/2014 09h59 – Atualizado em 15/12/2014 09h59

MST/MS bloqueia rodovia BR-262 pela demarcação de terras indígenas e pela reforma agrária

Assessoria

A BR-262, no trecho que liga o município de Terenos a capital Campo Grande, amanheceu totalmente paralisada, desde as 6h da manhã, o MST/MS (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra de Mato Grosso do Sul) trancou a rodovia em solidariedade a Demarcação de Terras Indígenas e em reivindicação a retomada da Reforma Agrária, com um conceito popular, em Mato Grosso do Sul.

De acordo com a direção estadual do Movimento, a questão das terras indígenas em MS precisa ser resolvida antes que mais sangue inocente seja derramado. O MST/MS reivindica que os poderes constituídos tomem providências cabíveis e emergenciais para resolver o conflito. A ação de hoje denúncia principalmente à situação que estão vivendo os indígenas de Caarapó, que estão ocupando a área tekoha Tey’i Jusu, na margem da Reserva Tey’ikue e estão cercados por capangas armados, que acampam ao lado da ocupação. Recentemente lideranças indígenas foram alvos de tiros de arma de fogo e uma jovem ferida de 17 anos desapareceu do local, a denúncia foi de que seu corpo teria sido arrastado por uma caminhonete.

Segundo Dinho Lopes, membro da Direção Estadual do Movimento, que acompanha a ação em Terenos, o MST/MS não é apenas solidário a luta pelo reconhecimento do território indígena, como irá batalhar lado a lado para que a justiça seja feita. “Há anos assistimos o sangue dos indígenas escorrerem nas mãos do latifúndio ou das forças armadas, assim como muito dos nossos que tombaram na luta por terra e justiça social. Tudo isso por omissão dos poderes constituídos, responsáveis por agir concretamente na Demarcação e na Reforma Agrária, por isso estamos realizando essa ação hoje e realizaremos quantas mais forem necessárias, para chamarmos a atenção dos que precisam resolver essa situação alarmante, antes que uma guerra se instaure em nosso Estado”, afirma.

Sobre a Reforma Agrária, o dirigente do Movimento, disse que na comemoração dos 30 anos de luta e história do MST o debate é por uma reforma popular. “A Reforma Agrária está totalmente paralisada em Mato Grosso do Sul, temos milhares de famílias acampadas, debaixo da lona, enquanto os processos de divisão de terra estão mofando nas gavetas do INCRA e dos órgãos responsáveis. Neste ano em que o MST comemora 30 anos de existência demos um nome ao conceito de reforma que sempre sonhamos: ‘Reforma Agrária Popular’. Que não seja apenas dividir a terra, mas sim dar condições para que as famílias plantem alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos e consigam vender sua produção, promovendo assim a auto sustentação, através da agricultura familiar digna”, explicou.

A manifestação segue pela manhã, são mais de oito quilômetros parados e com a presença da força policial que está tentando desbloquear a rodovia. O clima está tenso, mas os militantes do Movimento unidos, portando faixa com dizeres como “Reforma Agrária gera: Trabalho, moradia e dignidade” e “Reforma Agrária pela Demarcação de Terras Indígenas”, afirmam que não liberam a rodovia enquanto os poderes constituídos não derem uma resposta cabível às reivindicações.

A manifestação segue pela manhã, são mais de oito quilômetros parados e com a presença da força policial que está tentando desbloquear a rodovia.

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