Museu Histórico de Dourados tem acervo de mais de 4,5 mil peças

18/12/2014 09h29 – Atualizado em 18/12/2014 09h29

O estabelecimento, agora no Terminal Rodoviário, abre em dias úteis e agenda visitação aos sábados

fotos – Cido Costa/Douradosagora

Maria Lucia Tolouei

Opção de lazer e cultura, o Museu Histórico de Dourados, instalado no primeiro andar do Terminal Rodoviário Renato Lemes Soares, conta hoje com mais de 4,5 mil peças registradas. Segundo o funcionário municipal, responsável pelo Museu, Ilson Venâncio (Boca), o recadastramento do acervo continua e o número pode ser maior.

O Museu Histórico, situado em local estratégico, entre o shopping Avenida Center e o Parque Ambiental Arnulpho Fioravanti, abre em dias úteis das 7h às 11h e das 13h às 17h. “Também há visitação aos sábados, desde que previamente agendada”, diz “Boca” que foi um dos que encabeçaram a implantação do Museu, ainda na administração do então prefeito José Elias Moreira, e que foi amplamente desenvolvido durante a gestão de Luiz Antônio Gonçalves (in memorian), que governou a cidade na década de 80.

O produtor cultural Ilson Venâncio conta que, no ano de 1977, ele e o amigo Carlos Fábio (cantor e produtor também) deram início a uma campanha pela implementação da Memória de Dourados.

Grupo formado por eles e outros apoiadores fizeram uma gincana, na Praça Antônio João, que arrecadou as primeiras fotografias, documentos e peças antigas, que hoje compõem o Museu Histórico de Dourados, cidade que completa 79 anos neste sábado, 20 de dezembro. A diretora-presidente do jornal O Progresso, Adiles do Amaral Torres, participou da empreitada.

Em artigo publicado em edição especial do 78º aniversário de Dourados, d´ O Progresso, as professoras Lori Alice Gressler e Luiza Mello Vasconcellos contam sobre o Museu.

“O primeiro objeto doado foi a fotografia da primeira vereadora do município, Albertina Pereira de Mattos, doada pela família Mattos. As primeiras peças foram reunidas e expostas em um prédio de alvenaria localizado à Rua João Rosa Goes (próximo ao Hotel Bahamas), onde funcionava o Movimento Brasileiro de Alfabetização (Mobral) e a Sra. Celeste Bogo, acumulando funções com o Mobral, foi a primeira funcionária”.

Segundo “Boca”, o item mais antigo do acervo é uma Bíblia romana, escrita em latim, intitulada “Missal”, datada de 1862. Entre objetos domésticos, de lavoura, antigos equipamentos e artefatos indígenas, os visitantes fazem uma viagem pela história da cidade, orientada pelo produtor que responde pelo Museu há três anos, orientado por um museólogo (*) da Capital.

As doações são bem vindas e podem ser entregues na sede do Museu, na rodoviária de Dourados que também passa a abrigar um acervo a céu aberto, composto por peças de grande porte que, antes, estavam dispostas em canteiros centrais, entre outros pontos da cidade. A remoção destas foi necessária porque acabavam tirando a atenção dos condutores, diz “Boca”.

Serviço

Museu Histórico de Dourados

Terminal Rodoviário Renato Lemes Soares – Avenida Marcelino Pires, ao lado do shopping Avenida Center

Horário de visitação: em dias úteis, das 7h às 11h e das 13h às 17h. Aos sábados, mediante prévio agendamento.

Telefone: (67): 3423.7856, com Ilson Venâncio

(*) Hoje é o Dia do Museólogo