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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Música na educação desperta o ser criativo

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16/05/2014 09h32 – Atualizado em 16/05/2014 09h32

Professores da Educação Infantil são capacitados para desenvolver a musicalidade dos estudantes

Fátima Frota – Pedagoga

A professora não precisa ser expert em músicas, mas tem que ter diferencial para colocar a criançada em sintonia com a musicalidade. A criatividade, a participação em cursos de formação para saber como e por que está fazendo, aliadas ao fazer “sem medo de errar”, devem fazer parte da prática dos docentes.

Com a sanção da Lei 11.769, de agosto de 2008, o ensino da música passou a ser obrigatório, a partir de 2011, na Educação Básica das redes públicas e privadas do país. Na Educação Infantil de Dourados, os educadores participam de formação com a professora Miriam Suzuki, formada em música pela Unesp e Mestre em Música pela University of Arkansas (EUA). O primeiro módulo termina neste mês e conceitua a música sem adentrar em métodos da musicalização infantil. O segundo inicia em junho. A realização é da Secretaria Municipal de Educação.

Miriam Suzuki destaca a música como ferramenta de cognição, socialização e percepção sonora para o desenvolvimento da criança e a importância do pedagogo ter esta percepção. “Por isso, a importância da formação continuada aos professores”, declara a mestre em música, que atende os educadores dos Centros de Educação Infantil (Ceims) e escolas do pré–escolar.

O Centro de Educação Infantil Geni Milan, na Cohab II, atende 69 crianças do berçário ao maternal, sendo um exemplo prático de metodologia musical. As crianças são envolvidas pela professora Jania Fernanda Fernandes, em atividades de “fazer musical”.

É um momento de contato com a improvisação. “Você pega uma melodia e improvisa uma música. Coloco a criança na letra. Falando o nome dela, o que ela é e faz, fortalece a relação e estimula a musicalidade”, explica a pedagoga. Para estimular a percepção sensorial, a professora utiliza, também, instrumentos como fantoches, patoches, tampas, colheres. “Com esses instrumentos, a criança começa a descobrir os sons”, explica Jania.

A música está sempre “rodeando” as crianças. Em casa, ela ouve repertórios variados como os infantis, funk, pagode, sertanejos, etc. “A escola não deve limitar ao que a criança já conhece, mas ir além. Devemos ampliar o acesso à cultura que ela não tem, como é o caso das músicas clássicas e popular brasileira”, declarou a professora.

Agora… imagine você no Ceim Geni Milan e os pequeninos de 4 meses a três anos chegando para assistirem a um espetáculo de declamação do poema “a bailarina”, acompanhado pela música, “O lago dos cisnes”, do compositor russo Tchaikovsky. “Vou ler uma poema. Podem dizer pra mim, quem escreveu?”, “Cecilia Meireles”, respondem Nicolas Bortolanza, e Isabela Vieira, de 4 anos, do maternal. E todos, ao mesmo tempo, numa postura de expectadores ouvem, silenciosamente, a música, apreciam o poema e assistem à performance da professora Tahyla da Silva Duarte.

A formadora, Miriam Suzuki, explica que o silêncio é fundamental, no momento da música. “Sempre chamo a atenção para que os professores consigam ter silêncio na sala, pois não há música sem silêncio, sem contemplação… e isso desde o berçário. Música é música”, avalia Miriam.

No Ceim Kátia Marques, anexo à escola municipal Neil Fioravanti (Caic), no Parque Nova Dourados, a música é garantida nas aulas da professora Elisângela Maria Benedeti Azevedo. “Com o curso, descobri a importânciada música para as crianças. Mas, nem cantar sabia direito…tocar instrumentos, então.. Só que a Miriam estimulou para a gente usar a criatividade. E aí comecei a cantar com eles, sem medo de errar. Depois levei um teclado e todos ficaram alegres, batendo palmas e fazendo gestos. Quando falo em cantar, todos se aproximam e participam. É maravilhoso”, declarou a professora.

“Os pedagogos que trabalham com a Educação Infantil podem aprender e utilizar a musicalização infantil, desde que tenham formação continuada, para refletirem e avaliarem os resultados com as crianças”, avalia Miriam.

Crianças do berçário do Ceim Kátia Marques em momento de “intimidades” com o teclado. (Foto: Fátima Frota)

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