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sexta-feira, 29 de março de 2024

Obra na ‘Rodovia da Morte’ emperra por falta de pedras

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01/09/2014 07h41 – Atualizado em 01/09/2014 07h41

Com retirada de rotatória, o perigo é iminente

Valéria Araújo

A falta de fornecimento de pedras paralisou a pavimentação asfáltica na Avenida Guaicurus em Dourados que está em obras de duplicação. Com isto milhares de condutores que transitam pelo local todos os dias, num fluxo de mais de 10 mil veículos, arriscam suas vidas em trechos inacabados. O problema já gera graves atrasos. Um deles é a execução de dois trevos que eram para ser entregues até 30 de agosto e que ainda estão na metade dos trabalhos.

O primeiro dá acesso as universidades e outro fica no início da avenida Indaiá. De acordo com o membro da Comissão Pró Guaicurus Franz Mendes, as fornecedores de pedras alegam desabastecimento devido a grande quantidade de obras em execução.
Por causa da falta de pavimentação, a construção do Guard Rail que é o separador entre uma pista e outra da avenida não pode ser realizada. De acordo com o cronograma de obras, este etapa seria concluída até o final de agosto. No entanto não foi nem iniciada. A Comissão Pró Guaicurus se reuniu com a responsável pela execução das obras, a Agencia de Gestão e Desenvolvimento de Mato Grosso do Sul (Agesul) e entidades para expor a situação. O presidente da Associação Comercial e Empresarial de Dourados (Aced), Antônio Nogueira ficou de mobilizar os empresários fornecedores de pedras para que priorizem as obras da Avenida Guaicurus.

Segundo Franz Mendes, Comissão está preocupada com os prazos maiores que as obras na Guaicurus podem gerar devido a paralisação. “Nós estamos tratando de uma avenida perigosa com fluxo alto de veículos e que está em obras, gerando assim dezenas de maquinários pela extensão dela”, destaca observando que apesar da paralisação das obras de asfalto estão sendo realizadas obras de aterro e compactação pela avenida.

Os universitários e militares que transitam pelo local já começam a sentir as consequências. Depois da retirada do trevo que dá acesso a universidade, os condutores disputam espaço com carros que estão na via inversa e, além dos congestionamentos isso gera riscos de acidentes.

Franz Mendes, alerta que os usuários da rodovia devem redobrar os cuidados e evitar transitar pela contramão como estão sendo orientados.
Ao todo, foram concluídas 65% da obra da Guaicurus, sendo 85% terraplanagem e aterro e 20% de capa asfáltica. A previsão de entrega antes dos atrasos era até o final deste ano.

Acidentes

Conforme balanço da polícia, este ano a rodovia já registrou 18 acidentes. Destes, um foi fatal, três com vítimas em situação de gravidade, seis com vítimas de ferimentos leves e oito sem vítimas.
Operações entre Exército e Polícia Rodoviária Estadual estão sendo planejadas para estimular a direção com responsabilidade.

Ao todo, a operação mobiliza 28 policiais. Um vídeo realizado no local mostrou que 60% dos motociclistas que passaram por ali cometeram alguma infração, como transitar em alta velocidade pelo canteiro de obras e realizar ultrapassagem em faixa contínua.

“O problema disso é que, além de infração, o motociclista coloca a vida dele e de trabalhadores em risco”, destaca Franz. O mesmo vídeo, de 36 minutos, mostrou que pelo menos 20% dos condutores de veículos de passeio cometem algum tipo de infração. Os principais períodos de pico são das 7h às 8h30, das 11h às 12h30, das 17h às 18h e das 19h às 20h.

Com retirada do trevo, perigo para condutoresfoto - Marcos Ribeiro/O Progresso

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