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sexta-feira, 19 de abril de 2024

Oito pessoas contraem leishmaniose visceral e outras 2 podem ter a chikungunya

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20/11/2014 07h32 – Atualizado em 20/11/2014 07h32

Dourados registra oito casos positivos de leishmaniose visceral em pessoas e 2 suspeitos de chikungunya

Vigilância batalha contra a ‘leishmania’, além da dengue e a febre chikungunya que já registra dois casos suspeitos em Dourados

Maria Lucia Tolouei

Dourados enfrenta uma tríplice batalha, controle da leishmaniose, febre chikungunya e dengue, neste fim de ano, com a chegada da temporada de chuvas. De acordo com a coordenadora do Controle de Vetores do Centro de Zoonoses (CCZ), Valquíria Silva Bittencourt, o município já registrou, este ano, oito casos confirmados de leishmaniose visceral em pessoas, a forma mais grave da doença que pode atacar os órgãos internos. O reservatório é o cão infectado pelo mosquito Flebótomo. A ‘leishmania’ também se manifesta como “tegumentar”, na pele.

A dengue está sob controle, até o momento, devido às sistemáticas campanhas desencadeadas pela Vigilância em Saúde, no município de Dourados. São 32 casos positivos, este ano, entre um universo de 167 notificações registradas de janeiro até agora. O total é bem menor que no ano passado, quando houve surtos de dengue mas, em Dourados, com números irrisórios se comparados ao resto do Estado.

No entanto, a preocupação é o sorotipo IV da dengue, que ainda não chegou a Dourados, ao contrário de outros municípios de MS. Quem já contraiu dengue I, II ou III, não pega mais. O problema é que ainda está susceptível ao tipo IV, que pode ocorrer com os ‘casos importados’, ou seja, através de pessoas que vêm de outras partes do Estado, do país ou da fronteira.

Conforme a Vigilância, Dourados também registra dois casos suspeitos de febre chikungunya, que tem sintomas semelhantes da dengue (febre, mal-estar, dores pelo corpo, dor de cabeça, apatia e cansaço) e também é transmitida pelo mesmo mosquito Aedes aegypti, como também pelo Aedes albopictus.

Os exames foram encaminhados para laboratório na Capital, semana passada e retrasada, e devem chegar num prazo de duas semanas. Os pacientes que apresentaram os sintomas residem no Jardim Maracanã e no Piratininga, onde os agentes encontraram 72 focos do mosquito, num universo de 1.700 imóveis vistoriados durante ação na semana passada.

Segundo a coordenadora, o índice de infestação do mosquito vem aumentando, por conta das chuvas, especialmente em bairros como o Jardim Cuiabazinho e o Santa Maria, entre outros.

A proliferação dos vírus que, assim como na dengue, acontece nas articulações dos pacientes, no caso da chikungunya vem de forma mais severa, com vermelhidão, inchaço e ardência. Valquíria explica que a dengue provoca sintomas que podem durar até três meses. No caso da febre chikungunya, isso pode levar até dois anos.

O quadro é tão violento, que o paciente fica impossibilitado de trabalhar e, via de regra, precisa ficar ‘encostado’ pelo INSS, se for o caso. Mal consegue parar em pé e o quadro exige reposto absoluto e nada de automedicação, que pode agravar os sintomas. Além da vermelhidão, comum na dengue, com a febre podem surgir bolhas nas solas dos pés, impossibilitando o caminhar.

Assim como na dengue, não há tratamento nem vacina, apenas procura-se aliviar os sintomas com medicamentos que não contenham ácido, pois agrava a doença, privilegiando quadros hemorrágicos.

As fêmeas dos mosquitos Aedes aegypti, vetor transmissor da febre chikungunya e dengue, depositam ovos em paredes de qualquer recipiente e, no primeiro contato com água limpa ou suja, eclodem. Os insetos com pouco mais de uma semana estão aptos a voar e, se picam alguém infectado com os vírus, podem iniciar ciclos de infestação. No caso do Flebótomo, se prolifera em material orgânico e, em todos os casos, a limpeza dos quintais é fundamental.

Ambas viroses podem ocasionar efeitos colaterais. No caso da dengue, por exemplo, há cerca de uma década a doença causou danos ao sistema nervoso, com dezenas de casos de ‘dengue neurológica” no Norte do País.

Viroses como estas também podem atacar outros órgãos e, como na dengue, ocorrer na forma hemorrágica. Por isto, é preciso controlar a pressão arterial que, se baixar, provoca a migração de líquidos das artérias para os tecidos, surgindo vermelhidão na pele (manifestação hemorrágica).

Evitar as viroses transmitidas pelos mosquitos requer, antes de tudo, colaboração da população em manter livres de criadouros os quintais. Os vetores se proliferam em qualquer recipiente, tampas, latas, pneus, latrinas, bandejas de geladeira, cacos de vidro nos muros, caixas d´água destampadas, piscinas sem manutenção, vasilhas onde cães e galinhas bebem água, entre outros.

O Aedes, conhecido como ‘mosquito de armário’ gosta de se refugiar nos guarda-roupas, embaixo de mesas e camas, dentro das casas. Por isso é recomendado instalar telas na janelas e portas, para evitar a infestação.

Ao menor sintoma, o paciente deve procurar uma unidade de saúde, especialmente para controlar a pressão arterial e evitar as formas hemorrágicas da doença.

Ministério da Saúde

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