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sexta-feira, 19 de abril de 2024

PF de Dourados apreende HDs e documentos em usina

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26/11/2015 07h59 – Atualizado em 26/11/2015 07h59

PF de Dourados apreende HDs e documentos na São Fernando

Valéria Araújo

A Polícia Federal de Dourados apreendeu equipamentos e a documentação financeira da Usina São Fernando em Dourados, durante a operação desencadeada na manhã de terça-feira.

O material pode conter possíveis provas contra o pecuarista e empresário sul-mato-grossense, José Carlos Bumlai, preso no último dia 24. Isto porque as equipes apreenderam dispositivos de memória externa (HD) de computadores utilizados na Usina São Fernando. Pelo menos dois equipamentos do tipo, além de uma série de documentações do setor de contabilidade da usina estão sendo encaminhados de Dourados para a sede da Polícia Federal de Curitiba, no Paraná, que é o núcleo da investigação.

Oo delegado da Polícia Federal Dênis Colares disse que com os materiais será possível correlacionar fatos na busca de se confirmarem as suspeitas que baseiam as investigações. Segundo ele todo o trabalho de perícia, tando nos equipamentos como nos documentos serão realizados na Capital paranaense. Ele considerou importante a participação da Polícia Federal de Dourados de fundamental importância no cumprimento dos mandados, já que todos eles foram cumpridos.

“Foram 12 horas de trabalho intenso na sede da usina, já que os policiais iniciaram a operação às 5h da manhã e terminaram às 17h e mobilizou 8 equipes policiais. Agora as investigações, que são sigilosas, acontecem com a PF de Curitiba”, destaca.

Operação

Bumlai foi preso pela Polícia Federal em Brasília durante a 21ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Passe Livre, numa alusão à liberdade que o ruralista tinha de entrar no Palácio do Planalto durante a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva.

Ainda na manhã de terça-feira o procurador da República, Diogo de Mattos, disse que Bumlai usou contratos firmados com a Petrobras para quitar empréstimos com o Banco Schahin.

Segundo o procurador, o que a investigação comprovou até agora é que, em 2004, houve um empréstimo contraído formalmente no nome de José Carlos Bumlai. “Segundo informações de três colaboradores, na realidade esse empréstimo se destinava ao Partido dos Trabalhadores (PT) e foi pago mediante a contratação da Schahin como operadora do navio-sonda Vitória 10.000, da Petrobras, em 2009”, enfatizou o procurador da República.

Diogo Mattos acrescentou que o principal empréstimo investigado, de R$ 12 milhões, foi contraído em 2004. “Esse empréstimo foi postergado ao longo dos anos. No fim de 2005, a fim de quitá-lo, foi feito um novo empréstimo no mesmo banco por uma empresa de Bumlai. Essa empresa contraiu o empréstimo, passou para Bumlai, que o quitou, mas surgiu um novo débito de R$18 milhões. Esse empréstimo também não foi pago”, explicou Mattos.

Delegado Dênis Colares diz que materiais vão para CuritibaFoto: marcos Ribeiro

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