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terça-feira, 19 de março de 2024

Professor pode dar nome para a Vila Olímpica Indígena

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30/03/2015 09h31 – Atualizado em 30/03/2015 09h31

O deputado federal Geraldo Resende e o vereador Elias Ishy estão propondo que a Vila Olímpica Indígena de Dourados seja denominada “Professor Laucídio Ribeiro Flores”, que morreu no último dia 25, vítima de infarto. Segundo o deputado, como se trata de um espaço administrado pela Prefeitura, a denominação será proposta e votada na Câmara de Vereadores.

Segundo os proponentes da indicação, Laucídio Ribeiro Flores, que era professor na Reserva Indígena de Dourados, exercia papel de destaque na luta pelas causas de sua comunidade. “Ele era um jovem que estava sempre à frente das lutas em favor da cultura, na defesa dos direitos e melhoria das condições de vida de seu povo”, explicam.

Uma das mais recentes manifestações das quais Laucídio Flores participou foi o fechamento da Rodovia MS-156 (que liga Dourados à Itaporã), nas quais os indígenas chamaram a atenção das autoridades na questão da água potável e condições de saúde para os indígenas. “Além de ser professor de Educação Física, ele era atleta, então nada mais justo do que homenageá-lo com a denominação da Vila Olímpica Indígena”, salienta Geraldo Resende.

A Vila Olímpica

A Vila Olímpica Indígena de Dourados foi uma iniciativa que resultou dos trabalhos realizados pela Comissão Especial da Câmara dos Deputados, coordenada por Geraldo Resende e que investigou, in loco, as causas da desnutrição indígena, entre os anos 2005 e 2006. Na época, dezenas de crianças morreram por desnutrição e o fato se tornou notícia no mundo inteiro.

Terminados os trabalhos, uma das sugestões da Comissão foi a necessidade de criar espaços para a prática de atividades saudáveis para a comunidade indígena. “Como fruto desta atuação, identificamos que as famílias indígenas careciam de alternativas socializantes e dignificantes e daí surgiu a iniciativa de viabilizarmos recursos para a construção da Vila Olímpica”, explica Geraldo Resende.

Na época, para possibilitar a construção, Geraldo Resende indicou uma emenda no valor de R$ 400 mil, e sensibilizei o então deputado federal, Fernando Gabeira (PV-RJ), para que alocasse outra emenda individual no valor de R$ 300 mil, ambas no Orçamento Geral da União (OGU) de 2006. Em 2008, Geraldo Resende apresentou nova emenda, no valor de R$ 750 mil, para complementar o projeto, totalizando um investimento em recursos federais da ordem de R$ 1,45 milhão.

Constando de espaços como quadra poliesportiva, campo de futebol, pista de atletismo, quadra de vôlei de areia, parque infantil, vestiários, banheiros adaptados e prédio para administração, a Vila Olímpica Indígena foi ativada em 16 de novembro de 2012.

Patrulha mecanizada

A Vila Olímpica Indígena é apenas uma das conquistas do mandato do deputado Geraldo Resende em favor das aldeias douradenses. Outra delas foi a reconstrução da Escola “Guateka”, que anteriormente funcionava numa palhoça e hoje é um prédio moderno e funcional.
Mais recentemente, Geraldo Resende garantiu para a comunidade indígena uma patrulha mecanizada.
Os equipamentos foram viabilizados por meio de uma emenda individual de R$ 487 mil ao Orçamento Geral da União/2013, atendendo pedido da Câmara de Vereadores e da Coordenadoria de Assuntos Indígenas da Prefeitura de Dourados.

As máquinas foram destinadas a mil famílias da Agricultura Familiar da Reserva de Dourados. O objetivo é ajudar no preparo da terra das famílias indígenas no plantio de mandioca, milho e outras culturas de subsistência.

Líder indígena morreu vítima de parada cardíaca

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