25/07/2014 09h00
Douradosagora
Fotos: Hedio Fazan
Professores em greve partiram esta manhã em carreata, promovendo buzinaço no centro e bairros adjacentes de Dourados. Eles intensificaram as manifestações para pressionar um acordo com o executivo municipal.
A queda de braço entre o Simted e a prefeitura está num trato, formalizado em abril deste ano, onde havia sido decidido a implantação do piso nacional de R$ 1697,00 para uma carga horária de 40 horas. Contudo, a categoria reivindica uma política municipal de valorização que eleve gradualmente, em quatro anos, este valor para uma carga horária de 20 horas, como já se aplica em Campo Grande.
Ontem, conforme noticiado pelo Douradosagora, a categoria acampou em frente a sede do Centro Administrativo Municipal (Cam) e, apesar do frio, não abrem mão de manter o calendário de manifestos programados enquanto durar a greve na Rede Municipal de Ensino de Dourados (Reme), que ontem obteve o reconhecimento oficial, por parte da secretária de Educação, Marinísia Misoguchi. “Houve um desencontro de informações internamente e de fato a greve foi comunicada”, disse a secretária por telefone.
“Queremos diálogo com o prefeito Murilo, para isso, ele tem que nos receber. A greve é nossa, mas a culpa é da administração que não atende a categoria”, diz João Vanderley Azevedo, presidente do Simted. Ontem, o prefeito Murilo cumpria agenda no Paraguai, juntamente com comitiva em missão empresarial. “A partir de agora vamos pressionar até conseguirmos falar com o prefeito. O protesto vai continuar”, avisa Azevedo.
Grande parte das escolas municipais em Dourados segue sem aula. Na ativa estão apenas os professores contratados, que representam cerca de 700 dos 1900 do total, segundo estimativas do Simted. O número maior de contratados está nos Centros de Educação Infantil (Ceims), com isso, parte deles funciona normalmente.
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