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sexta-feira, 29 de março de 2024

Promotoria intervém por pacientes mentais em Dourados

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14/01/2015 07h53 – Atualizado em 14/01/2015 07h53

Sem ter onde ficar, muitos deles são amparados na Toca de Assis, entidade não preparada para oferecer assistência necessária, diz o Promotor Izonildo Gonçalves de Assunção Júnior

Flávio Verão

O promotor Izonildo Gonçalves de Assunção Júnior quer intervenção do município e do estado no atendimento às pessoas com problemas mentais em Dourados. Como o município não tem nenhum tipo de serviço residencial terapêutico que atenda necessidades de moradia para quem tem problemas psiquiátricos graves, essas pessoas são acolhidas em casas assistenciais não preparadas e estruturadas para receber essas pessoas.

Um exemplo disso é a Toca de Assis, entidade da Igreja Católica que atua no cuidado com os pobres em situação de rua, mas que nos últimos dois anos tem abrigado de forma fixa pessoas com doença mental.

“Quem conhece a entidade sabe que essa não é a sua missão. Fui pessoalmente ao local e constatei que as irmãs que lá atuam precisam de ajuda, passam os mais diferentes tipos de dificuldade com essas pessoas e o mais preocupante é que a Toca de Assis em Dourados pode fechar as portas”, disse o promotor.

Ontem ele reuniu a direção da Toca com diferentes entidades como Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Dourados), Secretaria de Saúde Municipal, Vigilância Sanitária, Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e Lar do Idoso.

O objetivo foi mostrar a realidade que a Toca de Assis enfrenta, assumindo o papel do Estado e do município. “Alguma coisa temos que fazer porque se a entidade fechar não temos outro local para abrigar as pessoas com deficiência mental. Isso é preocupante”, alertou Izonildo durante a reunião.

Com a morte em julho de 2012 de Roselina Colaço de Azevedo, mantenedora da Casa da Divina Providência, entidade que por mais de cinco décadas cuidou de desabrigados, a maioria com problemas mentais, a Toca de Assis, aos poucos, passou a assumir a função de abrigar essas pessoas, após o fechamento da Divina Providência.

A direção nacional da Toca de Assis, sediada em Campinas (SP), já está a par dos acontecimentos da casa em Dourados e se entidade continuar da forma como está, no município, ela será fechada.

“Realmente é uma realidade nada fácil. As irmãs, muitas delas jovens, fazem todo o serviço de atendimento às pessoas com problemas mentais e alguns deles, por conta da doença, são agressivos”, explica o promotor.

Atuam na Toca de Assis em Dourados 10 irmãs e algumas dão continuidade aos estudos teológicos enquanto outras são abnegadas ao trabalho de atender a um grupo de 18 pessoas com alto grau de deficiência mental. Na edição de amanhã, O PROGRESSO mostrará um pouco mais sobre o trabalho das irmãs que tem como inspiração a vida de São Francisco de Assis, o carisma a adoração ao Santíssimo Sacramento e o amor aos pobres abandonados de rua.

Izonildo responde pela promotoria do idoso e das pessoas com deficiência em Dourados - foto - Foto: Hedio Fazan

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