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sexta-feira, 29 de março de 2024

Radar Industrial projeta crescimento das exportações

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19/12/2014 07h14 – Atualizado em 19/12/2014 07h14

Radar Industrial projeta crescimento do setor e das exportações em MS

Com base nos dados levantados pelo Radar Industrial da Fiems, o presidente Sérgio Longen projeta um crescimento de até 9,1% no PIB (Produto Interno Bruto) Industrial de Mato Grosso do Sul em 2015 na comparação com 2014, saindo de R$ 14,2 bilhões para R$ 15,5 bilhões. No caso do faturamento das indústrias, por exemplo, o montante deve saltar de R$ 35,3 bilhões para R$ 36,9 bilhões (4,5%), enquanto a geração de empregos sairá de 138.700 trabalhadores para 141.500 industriários (2,02%). Já o número de estabelecimentos instalados aumentará de 11.720 para 11.955 (2%), enquanto a receita de exportações de industrializados sairá de US$ 3,62 bilhões para US$ 3,67 bilhões (1,4%).

Na avaliação de Sérgio Longen, o desafio para 2015 é dar continuidade ao crescimento do PIB Industrial, o que será muito difícil em decorrência da crise. “Se nós mantivermos o dólar entre R$ 2,70 e R$ 2,80 com certeza a inflação será de 10% em 2015, sendo que não tem como fechar o próximo ano muito diferente disso. No entanto, nós acreditamos na política econômica do Governo Federal e o novo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro, que é ex-presidente da CNI, também irá, de certa forma, olhar com outros olhos para o nosso Estado. E, desta forma, nós precisamos criar as oportunidades em nível de Estado e com o Governo Federal alinhar na base econômica. Entendo que a nova equipe econômica terá condições de reverter esses números que são negativos nacionalmente”, analisou.

Ele destaca que outro desafio para 2015 é articular junto ao Senado Federal a convalidação dos incentivos fiscais já concedidos pelo Governo do Estado. “Nesse sentido, juntamente com o governador eleito Reinaldo Azambuja, com o senador Waldemir Moka, com o secretário estadual de Fazenda, Jader Rieffe Julianelli Afonso, e com o deputado federal Geraldo Rezende, nos reunimos com o senador Romero Jucá para articularmos essa convalidação. Quanto aos incentivos para a indústria de Mato Grosso do Sul, nós precisamos ampliar os incentivos para o comércio. Nós precisamos avaliar a questão dos municípios localizados na faixa de fronteira com o Paraguai e Bolívia, pois é um grande desafio do empresário trabalhar nessas duas regiões. Do outro lado da fronteira o imposto é de 5% e do nosso lado é 27%, ou seja, você precisa contrapor essa situação. Para mantermos o nosso ritmo de crescimento, precisamos avaliar pontualmente o que pode ser construído, tanto na parte industrial, quanto na comercial e na de serviços”, reforçou.

Novos empreendimentos

Ele prevê também que 2015, caso sejam confirmados todos os empreendimentos já previstos, será um ano de grande avanço para o setor industrial com os anúncios de investimentos da ordem de R$ 30 bilhões até 2018, incluindo o início da segunda linha de produção de celulose nas unidades da Fibria e Eldorado em Três Lagoas, assim como a International Paper, com a segunda linha da fábrica de papel, também em Três Lagoas. Além disso, será iniciada a construção de uma nova planta de celulose em Ribas do Rio Pardo e de uma indústria química de processamento de milho – ácido cítrico, lisina, ácidos diversos, vitamina C e etanol – em Maracaju.

Em Água Clara, serão construídas fábricas de MDF e MDP, enquanto a CCR Via dará continuidade na duplicação da BR-163 no Estado e ADM prosseguirá com as obras de edificação de uma indústria de proteínas de soja em Campo Grande. Já em Chapadão do Sul a BioUrja vai instalar uma indústria de etanol de milho e Bela Vista ganhará uma fábrica de cimento. “Para 2015, o nosso foco será manter o nível de empregos qualificados. Acredito que esse será o grande desafio para o Estado. Apenas Sesi e Senai neste ano de 2014 já realizaram mais de 120 mil qualificações e nós esperamos para 2015 mais 100 mil qualificações, um desafio de ação muito organizada, muitas requalificações, fazendo com que os trabalhadores da indústria estejam mais preparados para esse mercado competitivo”, pontuou.

Novo Governo

O presidente da Fiems acrescentou ainda que a perspectiva do setor industrial para com o novo governador é que seja uma administração de muito trabalho, pois as dificuldades estão aí. “As demissões no setor industrial estão acontecendo e, desta forma, o novo Governo do Estado, como um ente que regula e depende da arrecadação junto às empresas, precisará trabalhar muito para reverter esse quadro. Para isso, nós precisamos integrar Mato Grosso do Sul, tenho dito sempre que essa será a melhor forma para desenvolvermos o nosso Estado”, avaliou.

Sérgio Longen ressaltou que, quando se vai para São Paulo, que é o Estado mais industrializado do País, os órgãos públicos funcionam em período integral, mas em Mato Grosso do Sul é praticamente meio expediente. “Hoje, se você receber no Estado um empresário que chega na hora do almoço, não terá condição de fazer mais nada no período da tarde. Nós precisamos urgentemente entender que Mato Grosso do Sul precisa rever essas questões, pois como 2015 será um ano muito difícil, nós precisamos da união de todos para desburocratizar o Estado e criar as ações de planejamento”, afirmou.

Ele aconselhou o novo governador a ter uma atenção especial com a gestão pública. “Essa nova administração estadual já se desenha nesse sentido com a contratação do Movimento Brasil Competitivo para construir um planejamento estratégico nessa direção. Por isso, o nosso desafio é de muito trabalho para que possamos manter os empregos no setor, melhorando a velocidade no atendimento aos empresários, mas, para isso, defendemos o trabalho em período integral, que é o que acontece em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, enfim, nos Estados mais desenvolvidos”, finalizou.

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