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quinta-feira, 28 de março de 2024

Secretária diz que Ceims e 39 escolas funcionam normalmente

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28/07/2014 07h16 – Atualizado em 28/07/2014 07h16

Da Assessoria

Apenas seis instituições municipais de ensino de Dourados estão fechadas em decorrência da greve dos profissionais da educação, segundo levantamento feito pela Secretaria de Educação. A afirmação foi feita pela secretária Marinisa Mizoguchi em entrevista ao programa “A Hora da Verdade”, da rádio Grande FM.

“São seis escolas que realmente fecharam as portas por decisão do próprio gestor da escola. Essa é uma grande preocupação, mas é um número muito pequeno. Estamos falando de um total de 82 unidades. Todos os Ceims e 39 das 45 escolas estão funcionando”, afirmou Marinisa.

Conforme a secretária, além das escolas fechadas, nas demais apenas alguns profissionais estão em greve. Segundo ela, a Semed aguarda que cerca de 60 dos 4,1 mil profissionais da educação voltem ao trabalho. De acordo com Marinisa, a Semed não pode impedir o direito da criança de ir à escola e estudar e, portanto, as escolas devem estar em funcionamento. Os diretores das escolas já foram comunicados para que cumpram esta medida.

“O que existe de repente é um ou dois funcionários efetivos que não estão na escola”, o que segundo ela impede a realização de uma ou outra aula. Diante disso, a orientação segue para que os pais continuem levando os filhos para a escola.

De acordo com a secretária, quando os profissionais em greve retornarem suas atividades haverá uma readequação para delongar o calendário escolar para repor as aulas que não estão acontecendo. “Não podemos prejudicar o aluno e, com certeza, teremos que mexer no calendário escolar delongando o tempo para repor essas aulas, que não poderão ser aos sábados”.

Marinisa ainda lembrou na entrevista que a pauta de negociação nunca foi encerrada. “Ela é extensa e como disse o nosso prefeito Murilo, ela nunca vai acabar porque sempre existem reivindicações da classe”, afirmou, complementando que antes eram três folhas de pauta e hoje gira apenas na questão do piso para 20h, que significaria dobrar a folha de pagamento.

“O Estado demorou 10 anos para construir a dobra do salário”, lembrou ela, afirmando que o município faz o estudo para que isso aconteça, mas, que no momento é preciso respeitar o limite legal de gastos com a folha de pagamento. A secretária ainda lembrou que há no município um Plano Municipal da Educação que vai nortear a área até 2024, configurando vários avanços.

FETEMS

A Secretaria de Educação, atendendo a pedido de professores, convidou a Fetems (Federação dos Trabalhadores da Educação em MS) para participar da negociação com os profissionais do magistério.

Marinisa Mizoguchi disse que a Fetems tem uma grande experiência nessa área, por ter negociado com o Estado a mesma reivindicação dos professores de Dourados, que é o pagamento do piso nacional para a jornada de 20 horas.

Ela ressalta que o convite é uma demonstração de que a prefeitura não fechou as portas à negociação. “Pelo contrário, continuamos buscando meios de atender a categoria sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal e o limite prudencial da folha de pagamento”, explicou.
O presidente da entidade, Roberto Magno Botareli César disse que está preocupado com o movimento grevista em Dourados e se colocou à disposição para ajudar na solução do problema, lembrando que teve esse mesmo embate com o governo estadual e o resultado foi positivo.

Botareli entende que se trata de uma questão bastante delicada por se tratar de uma situação que envolve comprometimento de recursos e, quando isso acontece o poder público tem em primeiro lugar que se atentar ao que diz a legislação, para não provocar prejuízos maiores.

Para o presidente da Fetems, nenhum município ou Estado está preparado para assumir o compromisso de dobrar a folha do dia para a noite. “Esse tipo de política só é construída a longo prazo, como ocorreu no Estado onde travamos uma batalha de quase dois anos”, disse o dirigente.

 Secretária de Educação Marinisa Mizoguchi disse que todos os Ceims e 39 escolas de Dourados funcionam normalmenteCrédito: A. Frota

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