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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Sem previsão de novos leitos, maternidade deve continuar superlotada

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24/03/2015 15h11 – Atualizado em 24/03/2015 15h11

Flávio Verão

A maternidade do Hospital Universitário em Dourados deve continuar enfrentando o problema de superlotação por um bom tempo. Isso porque a prefeitura de Dourados alega que não há outro hospital na cidade que atenda o serviço de ginecologia e obstetrícia e caberá a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), gestora do HU, construir com urgência o Instituto da Mulher e da Criança (IMC). R$ 12,9 milhões para a obra estão na conta da universidade desde 2012.

Na manhã desta terça-feira o superintendente do HU, Wedson Desidério Fernandes, acompanhado dos médicos José Flávio Sette, gerente de atenção à saúde, e Luiz Augusto Freire, chefe de divisão de atenção à saúde, reuniu a imprensa para expor a realidade do HU, que é hospital-escola da UFGD e administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

De acordo com Wedson Fernandes, a única alternativa, a curto prazo, para desafogar o HU seria criar novos leitos de maternidade na saúde pública de Dourados. “Tem que criar novos leitos. Hoje mesmo vamos encaminhar um documento à Secretaria de Saúde Municipal para que seja tomado ciência da dificuldade que passa a maternidade do HU, embora esse problema já havia sido comunicado em outras ocasiões”, disse o superintendente.

No entanto, o secretário de saúde, Sebastião Nogueira, descarta essa possibilidade. “A prefeitura não tem o que fazer. O único hospital público que temos, o Hospital da Vida, atende trauma e emergência. Hospitais particulares não se interessam assumir serviço de obstetrícia, cabe ao HU resolver esse impasse, já que a unidade recebeu recursos para implantar outro hospital em anexo, o Instituto da Mulher e da Criança (IMC)”, disse por telefone ao Dourados Agora.

Superlotação

O médico José Flávio expôs a realidade da maternidade. “Nossa ocupação é bem superior ao número de leitos que temos para oferecer, com isso o atendimento acaba não sendo tão eficaz como pede o Ministério da Saúde, sem contar que uma superlotação aumenta os riscos de infecção”, disse José Flávio.

O HU tem 25 leitos e na semana passada havia 52 gestantes internadas. Hoje a situação estava mais tranquila, com 33 mulheres. Em razão do HU ser a única unidade de referência em alta complexidade em maternidade, todos os partos considerados de riscos são enviados a Dourados. Segundo José Flávio, o HU tem 10 UTI’s neonatal, mas no momento encontram-se 15 bebês internados. Esse excedente é colocado em leitos improvisados. Já na Unidade Intermediária (UI), para onde vão os bebês com quadro clínico de médio risco, a ocupação gira em torno de 22 a 24 crianças, sendo que o hospital dispõe de 15 leitos.

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