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quinta-feira, 28 de março de 2024

Sem protesto, Dourados sem homofobia é aberto na Câmara

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17/09/2014 21h20 – Atualizado em 17/09/2014 21h20

Sem protesto, Dourados sem homofobia é aberto oficialmente na Câmara

Flávio Verão

Promovido pela Secretaria de Assistência Social de Dourados, o workshop ‘Dourados sem homofobia’ foi aberto oficialmente na noite desta quarta-feira na Câmara Municipal sem nenhum protesto. Após declarações polêmicas do vereador Sergio Nogueira na última segunda, sobre a diversidade, um grupo se mobilizou na rede social e prometia protesto na abertura do evento na Casa de Leis.

Como o workshop não é promovido pela Câmara, vereadores não estariam em peso no evento, principalmente Sergio Nogueira, o que desmotivou protestos. Somente a vereadora Virginia Magrini e o vereador Idenor Machado estiveram presentes.

A presidente da Associação de Gays, Lésbicas e Transexuais de Dourados (AGLTD), Claudia Assunção, disse durante a abertura do workshop que, embora ainda exista muita discriminação contra a diversidade, Dourados já comemora muitas conquistas. “Desde que assumi a Associação, há mais de 10 anos, não foi fácil, tivemos que dar a cara a tapa, mas hoje colhemos frutos do nosso trabalho”, disse na tribuna da Câmara.

Claudia elogiou o trabalho da Assistência Social. “Temos, sim, que debater a diversidade entre a população, nas escolas. Todo mundo conhece um gay e não podemos mais conviver com essa indiferença, pois todos somos seres humanos e o que pedimos é respeito”, declarou.

Em nome dos demais vereadores, Idenor Machado disse que é salutar ampliar discussões sobre diversidade. Ao relatar que Sergio Nogueira o disse que ‘teria se atrapalhado’ no discurso o qual vem sendo taxado de homofóbico, o plateia vaiou Idenor. “Eu apenas disse o que o vereador comentou comigo, mas não estou aqui para falar por ele”, ressaltou Idenor, acrescentando que o discurso de Sergio será analisado pelo Conselho de Ética da Câmara.

Polêmica

As declarações de Sergio Nogueira foram feitas durante sessão na Câmara Municipal. O vereador, que é pastor, faz duras cobranças à Secretaria de Assistência Social que promove desde segunda-feira sobre a diversidade durante toda a semana em Dourados.

“…Falar sobre homofobia é algo que todos nós concordamos. Nós somos contra, totalmente contra”, disse o vereador na tribuna da Câmara, referindo-se que isso se trata de crime. Porém, no acalorado discurso ele vai além: “…tudo aquilo que nós acreditávamos agora é errado e aquilo que a gente julga por errado, ou seja, a prática do homossexualismo condenado nas escrituras sagradas agora se torna padrão comportamental. Eu respeito quem quiser fazer o que quiser do seu corpo, pode, pode fazer o que quiser, mas não venha me dizer que isso é normal e que a sociedade precisa agir assim. Basta colocar as pessoas que pensam dessa forma numa ilha. Coloca numa ilha. Deixa lá quem quer viver a sua homossexualidade lá numa ilha 50 anos, coloca duas ilhas, duas ilhas, 50 anos. Daqui 50 anos não tem mais ninguém. Por que? Porque a família é constituída de pai mãe, macho fêmea, homem mulher, e daí vêm os filhos…”.

Abertura oficial de workshop ocorreu sem protesto na CâmaraFoto: Divulgação

Evento é comandado pela Secretaria de Assistência SocialFoto: Divulgação

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