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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Uma novidade velha – por Carlos Eduardo F. da Cruz

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02/09/2014 08h47 – Atualizado em 02/09/2014 08h47

Uma novidade velha

Carlos Eduardo F. da Cruz*

Acompanhar o noticiário após o jogo entre Grêmio e Santos em Porto Alegre/RS causou uma sensação de dejá vu. O inimigo, que assombra há anos sociedades e povos, volta a atacar mesmo em meio à falsa ideia de desenvolvimento e consequente “evolução” da nossa espécie. O racismo ainda ocupa espaço nas capas de sites e jornais quando já devia ter se tornado apenas uma nota ou lembrete. Por quê? A impunidade ainda acompanha qualquer caso de racismo ou injúria.

Racismo não é novidade e nem deveria ser. O desenvolvimento de nações ficou marcado por episódios em que a cor era considerada um divisor de personalidades. A luta pela validação da Lei Áurea que o diga. Por isso, o desejável seria ouvirmos a expressão racismo e subitamente levar nossa imaginação a um passado trancado. O novo não deveria existir onde essa palavra habita, mas ela insiste em ser atual.

Tal prática continua ganhando sobrevida em meio ao nosso universo globalizado e evoluído. Na justiça esportiva a impunidade fica clara. Outro caso envolvendo o Grêmio, em março, evidenciou os problemas de torcedores, que deixam transparecer no estádio o que se esconde na escola, no trabalho ou em qualquer lugar. O zagueiro Paulão, do Internacional, acusou torcedores de praticarem insultos contra ele no final da partida. O resultado? Uma multa para o Grêmio, que se iniciou no valor de R$ 80 mil, caiu para R$ 10 mil depois que o clube recorreu. O torcedor até hoje não foi identificado e o inquérito policial não apontou responsáveis.

Enquanto impunidade e racismo aparecem mais como sinônimos do que como opostos em nosso noticiário, o universo social fica difícil de ser modificado. E é justamente quando este assunto volta à tona que o sino da mudança badala em nossas cabeças. A punição existe, o meio de exercê-la também. Falta força de vontade em mudar para que o progresso intelectual se consolide em nosso convívio social.

*Acadêmico 6º Semestre de Jornalismo – UNIGRAN.

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