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sábado, 20 de abril de 2024

Vigilância alerta para risco iminente da dengue e leishmânia

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02/10/2015 09h31

Vigilância alerta para risco iminente da dengue e leishmaniose

Dourados registra 2.078 notificações de dengue, 1.217 de casos confirmados e três mortes (regiões do BNH 4º Plano, Jardim Santo André e Parque Alvorada). O vírus 4 está circulando e quem já foi acometido pelos outros sorotipos não está livre deste último

Maria Lucia Tolouei

Grandes cidades, grandes problemas com a saúde pública. Um dos maiores entraves são as zoonoses que se proliferam em larga escala especialmente em períodos de chuva e calor. Ambiente propício à dengue e leishmaniose.

Dourados, até agora com 2.078 notificações de dengue, 1.217 de casos confirmados e três mortes (regiões do BNH 4º Plano, Jardim Santo André e Parque Alvorada), exige cooperação de todos.

Por conta do clima e do desleixo de alguns, os focos do mosquito Aedes aegypti se alastram no centro, bairros e distritos onde, segundo a Vigilância Epidemiológica, a infestação do vetor transmissor da dengue aumenta. O vírus 4 está circulando e quem já foi acometido pelos outros sorotipos não está livre deste último.

A dengue é uma virose que pode acarretar sequelas no organismo humano, com impactos sobre a visão e nervos, afetando inclusive os movimentos dos membros superiores e inferiores, entre outros, após findarem os sintomas.

A Vigilância não para. Os agentes percorrem diariamente o município e constatam descaso por uma parte da população. “O problema é que a fêmea do mosquito Aedes aegypti é urbana, precisa de três “As” – água, abrigo e alimento – neste caso o sangue humano para maturar os ovos que deposita em recipientes, onde eclodem em contato com água limpa ou suja”, diz o agente Ivo Jorge.

Portanto, de agora em diante, todo cuidado é pouco especialmente com vasilhames onde se põe água para cães e gatos assim como ração ou restos de comida. Afinal, tem as ratazanas que saem do esgoto e, após se alimentarem, urinam sobre o alimento e transmitem doenças como a leptospirose.

A orientação dos agentes da Vigilância é limpar os vasilhames e estabelecer horários para alimentar os bichos. Depois, guarde tudo para não servir de chamariz para os roedores e insetos.

Além da dengue, tem a leishmaniose que acomete em geral cães e pode atacar o organismo humano. A Saúde investiga caso registrado esta semana no bairro Canaã I, perto da Escola Sócrates Câmara, em Dourados.

A paciente esteve fora do município por nove meses e, quando retornou, manifestou sintomas. Ano passado, um paciente de doença crônica, 45 anos, morreu vítima de leishmaniose.

O protozoário responsável pela ‘leishmânia’ se multiplica em material orgânico – frutas, folhas e alimentos jogados em quintais, além de fezes de animais ou pessoas. Ali, o mosquito flebótomo nasce e passa a transmitir a doença para o animal e inicia o ciclo de infestação que pode chegar ao ser humano na forma tegumentar (pele) ou visceral, que é grave.

A cultura de acumular coisas, como restos de construção, também é risco à proliferação do escorpião amarelo que pode ocasionar mortes. Em Dourados, este inseto vem sendo bastante encontrando na região do Grande Flórida e do Parque Alvorada.

Outro problema, o caramujo, que é hermafrodita, põe ovos na terra e pode transmitir esquistossomose que também pode matar. O agente da Vigilância em Saúde, Ivo Jorge, orienta usar luvas e queimar em latas, acondicionar os restos em sacos fechados e entregar para coleta de lixo. Esmagar caramujo não adianta porque o protozoário continua vivo naquela gosma, alerta o agente.

Com relação aos pombos, cuidado com o excremento que, se inalado, pode paralisar os pulmões. A melhor maneira de ficar longe deles é não dar alimentos, como grãos de milho. Deixe que a natureza se encarregue. Por conta do desmatamento, as aves migram para as cidades e com algumas destas vêm as zoonoses que afetam a saúde humana.

Infestação de morcegos também é uma realidade, em alguns pontos de Dourados. A orientação é não matar, porque é crime ambiental. Se estes caírem ao chão e começarem a se arrastar, não pegue sem luvas. Podem morder e transmitir, eventualmente, a raiva. Basta acionar o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) que vai recolher o bicho.

Serviço

O telefone de contato da Vigilância é: 0800.647.7752 – 34117753 ou 34117752

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