13/06/2014 09h40 – Atualizado em 13/06/2014 09h40
Em “A Culpa é das Estrelas”, Hazel (Shailene Woodley) e Gus (Ansel Elgort) se conhecem em um grupo de apoio para jovens com câncer ou que já sofreram deste mal. (Foto: Divulgação)
Em “A Culpa é das Estrelas”, Hazel (Shailene Woodley) e Gus (Ansel Elgort) se conhecem em um grupo de apoio para jovens com câncer ou que já sofreram deste mal. (Foto: Divulgação)
O romance “A Culpa é das Estrelas (2014)”, de Josh Boone, está em cartaz nas Salas 1 e 2 do cinema do Shopping Avenida Center.
O filme dirigido por Josh Boone deve agradar especialmente os fãs do livro homônimo de John Green que originou a produção, que é extremamente fiel à obra literária sobre dois adolescentes, Hazel (Shailene Woodley) e Gus (Ansel Elgort), que se conhecem em um grupo de apoio para jovens com câncer, ou que já sofreram deste mal.
O garoto, que perdeu uma de suas pernas por causa dos tumores já retirados do seu organismo, e a menina, cujo estágio avançado da doença lhe tirou a plena capacidade de seus pulmões, inevitavelmente se apaixonam um pelo outro durante a jornada na qual embarcam em busca de seus sonhos e confronto de seus medos.
No primeiro momento, pode-se pensar que a história de amor dos dois apenas utiliza a mesma fórmula vista em vários dramas românticos. Mas, se nas próprias páginas de “A Culpa é das Estrelas” John Green supera a tríade popularizada nos livros de Nicholas Sparks e suas versões cinematográficas – amor impossível, doença e morte – tendo a garota, obrigada a amadurecer precocemente, como a narradora sem autopiedade e com muito humor ácido, o longa-metragem também evita uma restrição sentimental.
O destaque vai, obviamente, para o casal de atores principais. Hazel Grace é um prato cheio para Shailene Woodley, que só confirma o seu talento em dar vida a adolescentes com extrema naturalidade, sem cair na mesmice, como já mostrado com a jovem rebelde de “Os Descendentes” (2011). Mesmo com poucos trabalhos no currículo, seu colega na franquia juvenil “Divergente” (2014), Ansel Elgort, surpreende ao não cair em uma caricatura do confiante e doce Augustus Waters.
A simpatia dos personagens livra a história de cair na armadilha de se preocupar mais em arrancar lágrimas do que despertar emoções. É por isso que, mesmo com sua tendência à romance de sessão da tarde, o longa não apela para a chantagem emocional. O fato de o casal conseguir encarar de frente(e com dignidade) todo o peso de suas vidas compensa eventuais deslizes, como a melancolia sufocante ou alguns deslumbres exagerados. É um filme que é capaz de divertir, emocionar e cativar por um par de horas.
